Qual o papel do CIO diante da era do big data?

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1:43 pm - 21 de abril de 2017

Após a era do hardware, depois da explosão do desenvolvimento de software, a chegada da conectividade, e o avanço das mídias sociais, nas décadas de 70, 80, 90 e 2000, respectivamente, estamos na chamada era do big data, que apresenta uma explosão do volume de dados e traz o desafio de gestão dessas informações para gerar impacto aos negócios.

“Cada vez mais é preciso criar formas de entender como essa massa que temos dentro e fora de casa pode ajudar seu negócio ou até redefinir seu negócio”, comenta Lisias Lauretti, CIO da Serasa Experian, durante apresentação no IT Forum.

Lauretti e sua equipe são uma prova de que os dados podem ser enormes aliados para os negócios. “É um mar revolto de dados, mas tem como sair pelo outro lado bem fácil.”

Os números e resultados explicam a confiança do executivo nesse tipo de atuação. Na Serasa, o volume de transações multiplicou 40 vezes – de 40 milhões em 2007 para 1,5 bilhão em 2016. Já o volume de e-mails gerando metadados, que era quase nada em 2017, passou para 5 bilhões em 2016.

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Com essa enorme quantidade informacional, a companhia aplica ciência de dados para avanço em diversas frentes, como envio de mala direta via e-mail, prevenção a fraude, perfil de relacionamento, cobrança, análise de voz etc. Tudo isso com um ambiente com alta escabilidade e um processamento em massa. “Para suportar essa realidade, a infraestrutara precisa ser robusta, rápida e barata”, lembra.

Papel do CIO
Lauretti comenta que os projetos com ciência de dados podem partir de outras áreas, mas o papel da TI é essencial para identificar as tecnologias necessárias e implementar os algoritmos para análises. Diante desse cenário, os CIOs se veem em meio a um enorme desafio e Lauretti destaca alguns pontos que devem ser levados em consideração para a jornada rumo à análise de dados.

1. Protagonismo na identificação de oportunidades
Identificar oportunidades para usar todo esse volume de dados. “Todo mundo sabe um pouco, mas ninguém sabe como nós.”

2. Começar pequeno, mas começar
“Foi nosso caso na Serasa. É preciso começar, pois toda empresa deve ter uma situação em que consegue usar um pouco dessa realidade.”

3. Prover suporte e fomentar
“Na medida do possível ajudar o negócio a acontecer.”

4. Atuar forte no C-Level e na divulgação dentro da empresa
“Ser o responsável por isso ser realidade dentro da empresa. As ações podem eventualmente começar em outra área fora de TI.”

5. Conhecer ou ter formas de entender as novas tecnologias
“Entender as novas tecnologias, tanto software quanto hardware.”

6. Identificar parceiros caso não tenha capability interno
“Se não tiver capacidades internas, tem gente que tem no mercado. Sempre tem alguém que faz. Não precisa necessariamente montar time dentro de casa, faça com alguém que te ajude.”

7. Não atrapalhar!
“Lembre-se de que esse negócio vai acontecer, com ou sem você.”

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