Quais os impactos da inteligência artificial na saúde?

Um dos setores que mais podem se beneficiar da onda de inteligência artificial (AI, na sigla em inglês) é o de saúde. A tecnologia é capaz de gerar dados, ensinar como tratar uma doença e colocar as pessoas no centro da gestão de suas saúdes. Prevenção, detecção de doenças em estágios iniciais e identificação dos tratamentos mais adequados são outras vantagens. Essas foram algumas das conclusões de painel sobre o tema, realizado no Mobile World Congress (MWC) 2017, em Barcelona (Espanha).

Elie Lobel, CEO da Orange Healthcare, da Orange Business Services, lembrou durante a discussão que ainda se consome muito inteligência artificial no nível de pesquisa. Mas na saúde, há uma série de aplicações possíveis. Um dos exemplo, disse, é para reconhecimento e análise de eletrocardiogramas, identificando anomalias. “AI tem-se provado eficaz. Recentemente, um sistema do tipo conseguiu identificar câncer de pele com índice superior de assertividade quando comparado a humanos”, destacou. “Há uma tendência aqui”, completou.

Concordou com ele Rick Valencia, fundador e presidente da Qualcomm Life, braço de tecnologia para saúde da Qualcomm. “Há muitas oportunidades para AI e coisas-chave que precisamos mudar, como compartilhamento de dados. Há vários desafios pela frente”, refletiu.

Seguindo a mesma linha de pensamento, Cedric Hutchings, vice-presidente de Saúde Digital da Nokia, apontou que a grande quantidade de dados gerada por pacientes será o combustível de AI. O segredo, no entanto, será o que deverá ser feito com esses dados e colocar a prevenção e a detecção na dianteira das iniciativas.

Valencia acrescentou dizendo que a coleta de dados acontecerá de forma contínua e de onde o paciente estiver. Para ele, o desafio nesse cenário é cultural, pois, para o médico, não se trata mais de uma consulta apenas presencial e para o paciente reduz-se a necessidade de interações pessoais. “No fim do dia, é tudo sobre prover melhor qualidade de vida e cuidados às pessoas.˜

Na visão de Ronan Wisdom, líder de Saúde Conectada da Accenture Digital, AI não substituirá médicos e poderá ser forte aliado dos profissionais de saúde, eliminando o esforço de tarefas rotineiras e deixando, até, médicos passar mais tempo com seus pacientes. “AI vai mudar a saúde, mas para o melhor”, acredita.

*A jornalista viajou a Barcelona (Espanha) a convite da Qualcomm

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