Projeto tenta digitalizar dados de qualidade da água do Rio Amazonas

Iniciativa da Universidade do Estado do Amazonas com apoio da Diebold Nixdorf visa monitorar água do maior rio do planeta usando sensores

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2:15 pm - 09 de abril de 2022

A Diebold Nixdorf, fornecedora de tecnologia para bancos, anunciou apoio ao Projeto Yara, que busca monitorar a qualidade da água da bacia do Rio Amazonas. O projeto, realizado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), tem como foco o desenvolvimento de uma plataforma de análise automática e em tempo real das águas da região.

Para coletar e analisar dados de temperatura, condutividade, turbidez, entre outros parâmetros, serão instalados sensores eletrônicos no rio, entre Manaus e Parintins. A plataforma promete reduzir o tempo e os custos envolvidos no monitoramento das águas dos rios, tornando o processo de análise e acompanhamento da bacia do Rio Amazonas mais ágil e confiável.

“Estamos muito felizes em fazer parte deste projeto que visa agilizar e reforçar o monitoramento das águas dos rios de toda a região”, diz Fernando Curcio, Diretor Industrial da Diebold Nixdorf Brasil e responsável pela fábrica da companhia em Manaus. “A Diebold Nixdorf é reconhecida mundialmente por seu trabalho de responsabilidade social e ambiental, e nossa gestão em Amazonas também segue essas diretrizes. Buscamos colaborar com a comunidade para a promoção de um ambiente mais sustentável e justo. O trabalho da UEA tem uma grande sinergia com este propósito que queremos compartilhar.”

“Por conta de toda a extensão e pela dificuldade de acesso, a coleta de amostras para a análise laboratorial das águas de todos os rios demanda um esforço sempre muito grande e que, às vezes, pode se deteriorar no transporte ou manejo do material coletado. O programa busca reduzir esses desafios ao permitir a coleta automatizada da água”, explica o professor Carlossandro Albuquerque, um dos idealizadores do projeto.

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Segundo comunicado da Diebold Nixdorf, o apoio da companhia busca ajudar a viabilização da construção de um importante ecossistema digital que permitirá o desenvolvimento do projeto, além de estudos sobre possíveis parcerias. A empresa não abriu detalhes financeiros de quanto dedicará ao projeto.

Para tornar a análise das águas mais rápida, o projeto instalará um conjunto de mini estações de coleta de dados automática, iniciando no porto de Parintins. Essas miniestações serão compostas de sensores e transmissores especialmente projetados para resistir às intempéries, resíduos e predadores do ambiente.

A iniciativa do Yara também irá contribuir para a construção de uma base histórica dos resultados obtidos para as comparações e verificações necessárias para um mapeamento completo.

“Já iniciamos um ponto muito importante que é a digitalização dos resultados e padrões que vamos analisar diariamente. Vamos criar um registro único, com o compilado de informações recentes para contribuir no monitoramento da água”, explica o professor Dr. José Camilo Ramos.

A Diebold Nixdorf mantém em Manaus uma fábrica com 350 colaboradores e 18 mil metros quadrados, certificada pela ISO 14000 (focada em gestão ambiental). A planta possui sistema próprio de gestão de resíduos e tratamento de água, por exemplo.

“Hoje, mais de 80% do material que utilizamos na produção de nossos equipamentos é reciclado”, observa Curcio.

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