Primeiro satélite totalmente produzido no Brasil entra em órbita no dia 28

Amazonia-1 fornecerá dados de sensoriamento remoto para observar e monitorar desmatamento e agricultura do País

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10:53 am - 22 de fevereiro de 2021
Satélite Amazonia-1 Divulgação/Inpe

Primeiro satélite de observação totalmente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil, o Amazonia-1 entra em órbita em 28 de fevereiro.

O satélite será lançado junto à missão PSLV-C51, da agência espacial indiana Indian Space Research Organisation (ISRO). O lançamento é previsto para às 01h54 do horário de Brasília.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Amazonia-1 fornecerá dados de sensoriamento para observar e monitorar o desmatamento, especialmente na região amazônica.

O objeto também será responsável por monitorar a agricultura no país, além da região costeira, de reservatórios de água e de florestas. Por fim,  o satélite poderá ser utilizado para observações de possíveis desastres ambientais no Brasil.

“Os dados estarão disponíveis tanto para comunidade científica e órgãos governamentais quanto para usuários interessados em uma melhor compreensão do ambiente terrestre”, informa o Inpe. O Amazonia-1 será o terceiro satélite brasileiro de sensoriamento remoto em operação, após o CBERS-4 e o CBERS-4A.

Além dele, a Missão Amazônia tem o objetivo de lançar mais dois satélites de sensoriamento remoto: o Amazônia-1B e o Amazônia-2. Ainda não há, no entanto, uma data definida.

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A missão também tem o objetivo de validar a chamada Plataforma Multimissão (PMM), uma base modular para diversos tipos de satélites. Segundo o Inpe, a plataforma representa um “conceito moderno” de arquitetura de satélites, com o propósito de reunir, em uma única plataforma, todos os equipamentos que desempenham funções necessárias à sobrevivência de um satélite, independentemente do tipo de órbita.

Entre as funções executadas pela plataforma estão as de geração de energia, controle térmico, gerenciamento de dados e telecomunicação de serviço – o que possibilitará a adaptação a diferentes cargas úteis e reduzirá custos e prazos no desenvolvimento de novas missões.

“Essa competência global em engenharia de sistemas e em gerenciamento de projetos coloca o país em um novo patamar científico e tecnológico para missões espaciais. A partir do lançamento do satélite Amazonia-1 e da validação em voo da PMM, o Brasil terá dominado o ciclo de vida de fabricação de sistemas espaciais para satélites estabilizados em três eixos”, aponta o instituto.

(Com informações de Agência Brasil)

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