Notícias

Por que o Bing, da Microsoft, perdeu relevância frente ao Google?

Em 2015, o mecanismo de busca do Bing, da Microsoft, conseguiu algo inédito: relevância. Ao atingir uma participação de 20% na pesquisa nos EUA, de acordo com a comScore, a ferramenta conseguiu impactar o Google. Porém, a plataforma parece estar afastando usuários. Saiba os motivos:

Notícias irrelevantes

A aba de Notícias, presente tanto no Bing quanto no Google, apresentam diferenças gritantes.

O Bing News mostra apenas três resultados, enquanto o Google agrupa várias histórias recentes juntas.

O Bing favorece o tipo de design de página da Web “que rola infinitamente” que elimina cliques de página desnecessários, um ponto a seu favor. Porém, as notícias mostradas pelo Bing não refletem, normalmente, o que o usuário digita, enquanto o Google Notícias precisa de um clique para a próxima página, mas traz conteúdo relevante.

Fim da pesquisa nas redes sociais

Em determinado momento, o Bing se apresentou como o destino da pesquisa social, com uma barra lateral e várias ferramentas para se conectar às redes sociais. Porém, hoje em dia, tem dificuldade em acompanhar o Google.

Enquanto o Twitter gostaria que o usuário acreditasse que a melhor busca no Twitter está no Twitter.com, o Bing Webmaster Tools classifica todas as impressões fora do resultado principal.

Pesquisas de imagens são imprevisíveis

Um dos pontos fortes históricos do Bing são seus recursos de pesquisa de imagens, que eu revisitei para ver como o mecanismo de pesquisa está funcionando. É fácil conseguir imagens da atriz Nicole Kidman, mesmo quando a pesquisa é “Nicole Kidman aos 23 anos”. Mas o que o Google e o Bing estão divulgando hoje é a inteligência de seus mecanismos de busca.

Em geral, Bing e Google fazem bem quando solicitados a procurar por imagens já conhecidas: “Marilyn Monroe e Groucho Marx”, por exemplo. Mas se estiver perguntando por imagens que estão (provavelmente) sendo identificadas por IA, em vez de metadados, o Google parece fazer um trabalho melhor.

Dados de voo cheios de anúncios

O Bing lançou serviços abrangentes para melhorar a experiência de reserva de hotéis, agregando dados de terceiros, mas a pesquisa básica de viagem da empresa ainda permanece fraca.

O usuário pode fazer uma suposição básica de quer voar para o principal aeroporto do Havaí, em Honolulu. Ambos os buscadores estabelecem o seu aeroporto de origem através da localização da pessoa, mas o Bing faz duas coisas erradas: uma, faz o usuário clicar em um botão de acompanhamento para verificar as informações de vôo e tarifas; e deve fornecer uma lista ou menu drop-down de ilhas ou aeroportos. Por outro lado, permite selecionar de acordo com quantos passageiros a pesquisa deve ser feita.

Personalização talvez não tão benéfica

O Bing mostra os principais resultados inalterados quando um usuário está logado. Ou seja, se ele quiser, por exemplo, avaliar a importância relativa de um determino termo de pesquisa, é necessário procurar anonimamente. Já o Google parece dar os mesmos resultados de pesquisa ao procurar, por exemplo, pela Apple. Mas há uma diferença: quando logado no Bing, ele mostra várias imagens de maçãs dentro da aba de imagens. O Google aparentemente sabia (ou adivinhava) que o logotipo da Apple Inc. era o que interessava na busca. Ambos identificaram as Apple Stores mais próximas.

Resgate do Bing: respostas

Há um segmento de pesquisa no qual o Bing é muito melhor do que o Google. Quando perguntado sobre uma questão básica (“qual é a altura da Torre Eiffel?”,“Quantos anos tem Lincoln?”). O Bing age menos como um mecanismo de busca e mais como uma enciclopédia, respondendo à pergunta e encorajando uma exploração adicional por meio de fatos relacionados.

Até mesmo em um termo de pesquisa extremamente genérico (“Berlin”), o Bing traz coisas para fazer, fatos, imagens e notícias. O Google também faz isso, e se oferece para planejar uma viagem. Enquanto o Bing se sai bem nessa comparação, o Google vai um pouco mais longe ao fornecer uma experiência amigável ao usuário.

Recent Posts

GDM e Black & Decker: casos de uso com a IA generativa

Mais da metade (69%) das empresas brasileiras dizem já ter alguma iniciativa em IA tradicional…

1 hora ago

Tecnologia como protagonista em discussões de comitês empresariais

Entre os líderes de TI brasileiros, 77% têm a perspectiva de manter ou crescer o…

4 horas ago

Infraestrutura de TI também precisa evoluir para apoiar a sustentabilidade

Durante o IT Forum Trancoso, as discussões sobre sustentabilidade estão diretamente ligadas à evolução de…

5 horas ago

IA no processo de engenharia deve acelerar a inovação

A Inteligência Artificial generativa está em todas as rodas de discussão de TI parece que…

6 horas ago

Vivo e Grupo Bom Jesus implantarão 4G em 28 mil hectares

A operadora Vivo deu detalhes essa semana de um projeto que usa a frequência de…

7 horas ago

7 empresas de TI com vagas abertas

Semanalmente, o IT Forum seleciona as principais oportunidades para aqueles que buscam aprofundar seus conhecimentos…

7 horas ago