Parceria econômica dos Brics inclui ciência, tecnologia e inovação
A estratégia para a parceria econômica dos Brics, grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, lançada ontem (9/7) na cidade russa de Ufá, inclui a área de ciência, tecnologia e inovação.
O documento assinado entre as nações constitui o caminho para ampliar o comércio, os investimentos e a cooperação entre os países do grupo em setores como energia, mineração, agricultura, finanças, infraestrutura, educação, turismo e mobilidade laboral.
Na plenária, a presidente Dilma Rousseff lembrou o início do Tratado para o Estabelecimento de um Arranjo Contingente de Reservas do Brics, que entrará em vigor em 30 de julho. O acordo cria um fundo com recursos de todos os membros para ser acessado pelos países do bloco em momentos de crise.
O fundo terá capital inicial de US$ 100 bilhões, com aporte previsto de US$ 41 bilhões da China, US$ 18 bilhões do Brasil, da Índia e Rússia, cada um, e US$ 5 bilhões da África do Sul.
Outra ação conjunta será a estruturação do Novo Banco de Desenvolvimento. Com ele, as partes envolvidas vão explorar possibilidades de cooperação na mobilização de recursos para financiamento, cofinanciamento e estruturação de garantias em projetos de infraestrutura e de desenvolvimento sustentável. Os projetos de interesse comum podem tanto ser realizados nos países do Brics quanto em outros países emergentes e em desenvolvimento.
Também são citados no acordo como possíveis focos de parcerias os financiamentos de projetos relacionados à inovação e tecnologia, eficiência energética e segurança ambiental, além de iniciativas com impacto social relevante para as economias dos países do bloco.