Para vender on-line, ser responsivo não é o bastante: é preciso ter app

Você quer vender? Então precisa ter uma aplicação mobile de seu negócio, seja aplicativo ou PWA. Ter um site responsivo não é mais suficiente. A afirmação é do diretor da Aioria Software House, empresa especializada no desenvolvimento de aplicativos corporativos, Raul Amoretti (foto).

“Para se ter uma ideia, dos varejistas brasileiros que venderam no ano passado, 48% das vendas saíram via dispositivos móveis, e, nas compras feitas por desktop, 22% foram precedidas por estudos dos clientes nas aplicações mobile do fornecedor”, afirma o executivo.

Os dados citados são de um estudo da Criteo, e mostram, ainda, que na América Latina as compras realizadas via mobile chegaram a 29% em 2017, além do que, as que começaram no ambiente desktop ou físico e foram concluídas no móvel somaram 19%.

Se falarmos só no ambiente móvel de compras, 40% das transações foram feitas via apps nativos ou em modelo PWA, e 46% das conclusões de venda ocorreram desta forma (alta de 48% sobre 2016).

Amoretti destaca que a jornada de compras tornou-se multidispositivo, multiaplicação e multitela. \”O usuário não quer mais só um site, ou só a opinião de seus pares nos fóruns e mídias sociais, ou só pesquisar em um buscador online para depois adquirir o produto em loja física. Ele não quer mais, também, só visitar um website, seja em ambiente desktop ou móvel, e conhecer os produtos: ele precisa de mais, de aplicações elaboradas, com funcionalidades exclusivas para o mobile, que tornem sua experiência de procura e compra mais ágil, atrativa e, por que não dizer, divertida”, ressalta o especialista.

No Brasil, o estudo da Criteo mostra que as compras via dispositivos móveis aumentaram 51% no último trimestre de 2017, na comparação anual, e deram prioridade a smartphones – transações via tablet caíram 43% no mesmo período e aqueles via desktop tiveram queda de 13%.

Isso vale para todas as categorias: do grande varejo às compras de segmentos de ticket médio muito alto, como o de Luxo, no qual as vendas no ambiente móvel ficaram em 34% em 2017.

“Ter um aplicativo de compra não é mais uma escolha, é uma decisão obrigatória para empresas que desejarem se manter competitivas”, enfatiza o diretor. A própria pesquisa da Criteo mostra que na América Latina varejistas que têm apps específicos para este fim vendem 48% a mais em dispositivos mobile do que os demais.

Não se trata de uma demanda do negócio: a necessidade vem do consumidor e precisa ser atendida. O cliente quer ver seus fornecedores em todos os ambientes (omnichannel), quer pesquisar sobre produtos e serviços na Internet, nos ambientes de compartilhamento de opinião e colaboração, quer conhecer suas escolhas em muitas faces e vitrines e quer, por fim, comprar efetivamente em uma plataforma dinâmica, versátil, que converse com seu dispositivo móvel e que realmente pareça feita para o fim de vender.

“Ele quer ver seu site e sua loja, sim, mas não quer comprar lá: isso ele fará em um app desenvolvido especificamente para isso”, comenta o especialista.

Amoretti salienta que a era dos apps de compra/venda vem chegando há anos, mas agora tomou corpo e tornou-se uma onda avassaladora, que deixará submersos e fora do mercado players que não investirem para acompanha-la.

“Invista em aplicativos, PWA, invista em uma interface mobile direta para vender ao seu público-alvo. Ou prepare-se para números em queda livre”, conclui o executivo.

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