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Para professores, conectividade desafia a utilização de tecnologias na educação

Os professores brasileiros enfrentam barreiras de conectividade para utilizar tecnologias tanto em sala de aula como em casa, no ensino à distância. Segundo um estudo sobre uso de tecnologias na educação realizado pela edutech espanhola BlinkLearning, 61% dos entrevistados enumeraram esta questão como a mais crítico. Em sua sexta edição, a pesquisa conta pela primeira vez com entrevistados brasileiros.

O levantamento entrevistou com 4926 professores na América Latina e Espanha, sendo 388 no Brasil. Os problemas com conectividade chegam a 80% segundo professores da Argentina e Peru e 78% da Colômbia. Já na Espanha, o número é de 41%.

Os professores também apontam a falta de formação para o uso das tecnologias (46%), seguido da carência de dispositivos individuais para os alunos (46%) e a dificuldade de adaptação do processo de aprendizagem educativo ao uso das tecnologias.

Questionados sobre o que mais motiva os estudantes durante as aulas, as respostas estão diretamente ligadas ao uso de tecnologias: 56% dos participantes elencaram conteúdos interativos e dinâmicos; 40% a possibilidade de uma aprendizagem mais personalizada, ativa e autônoma; e 39% acesso a informações variadas, atualizadas e em tempo real.

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“Quando comparamos os fatores que mais estimulam os estudantes na aprendizagem, os quais estão diretamente ligados ao uso de tecnologias, com a realidade estrutural nessa área e de formação de professores, percebemos que existe um caminho longo e urgente a ser seguido. Investimentos em capacitação dos docentes, equipamentos e conexão de rede são fundamentais”, comentou Gabriel Meirelles, Gerente Nacional da BlinkLearning para o Brasil.

Os dados revelam que 63% dos alunos têm acesso a aparelhos celulares particulares. Porém, apenas 11% possuem acesso a um laptop (móvel) e 9% a um desktop (fixo).

De acordo com os professores, os principais desafios para melhorar a educação são: garantir acesso a recursos e infraestrutura (42%), melhorar suas condições de trabalho (34%) e desenvolver competência digital de estudantes e professores (32%).

“No que se refere ao repentino e inesperado ensino remoto adotado pelas instituições de ensino, em face à pandemia, é importante destacar o papel imprescindível da tecnologia aliado ao esforço dos professores e um exercício de reaprender a ensinar para que o distanciamento da sala de aula física não significasse o distanciamento do processo de aprendizagem”, analisou Silvia Vampré Ferreira Marchetto, coordenadora de Tecnologia Educacional do Colégio Bandeirante em São Paulo.

A prova disso é que 55% dos respondentes disseram que não usavam “nunca” tecnologias nas aulas ou “apenas algumas vezes durante o mês”, antes da pandemia. Durante o período de aulas remotas, essa realidade mudou: 52% relataram usar “diariamente em todas suas turmas” e 24% em “momentos específicos”. Os docentes também acreditam (43%) que a profissão foi valorizada com o impacto da pandemia.

Mesmo com a experiência remota durante a pandemia, os participantes avaliam os problemas com a conectividade como os mais críticos. Cerca de 64% mencionam a conexão instável à internet, 42% a falta de ambiente adequado nos lares e 36% a dificuldade de acompanhamento da aprendizagem dos estudantes.

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