Notícias

Para hackers, dados médicos valem mais do que os de cartões de crédito

Os dados de assistência médica são, agora, mais valiosos para os cibercriminosos do que os números de cartão de crédito ou de previdência social. E os criminosos farão o possível para obtê-los, revela Olli Jarva, consultor de segurança baseado em Cingapura.

O comentário foi feito após uma violação do sistema de TI da SingHealth na última semana, em Cingapura, que resultou em vazamento de dados pessoais de cerca de 1,5 milhão de pessoas, incluindo o primeiro-ministro de Cingapura, Lee Hsien Loong. As informações foram acessadas e copiadas ilegalmente.

O governo de Cingapura descreveu o ataque como a “mais grave violação de dados pessoais” que o país experimentou. A segurança cibernética é uma das principais prioridades do estado – altamente digitalizado – de Cingapura e de todo o bloco da Associação de Nações do Sudoeste Asiático (ASEAN).

“A violação de dados de saúde descreve uma nova realidade. Hoje, estamos começando a ver um fato assustador – os dados de assistência médica aumentaram seu valor, de modo que os hackers agora estão dispostos a ir longe para obtê-los. Essa tem sido uma tendência crescente nos últimos anos, de tal forma que os dados de saúde superaram o valor dos números de cartão de crédito ou de previdência social”, disse ele.

Jarva destacou que era hora de a segurança ser incorporada aos aplicativos que armazenam dados de assistência médica. “Enquanto estamos projetando e construindo os sistemas para ser resiliente a ataques cibernéticos, precisamos começar a criar segurança desde dentro, em vez de confiar na defesa do perímetro”, frisou o especialista.

Jarva explica que os problemas de segurança de aplicativos podem ser divididos em duas partes: falhas e erros. A maioria desses problemas de software precisa ser detectada cedo, para que “não voltem mais tarde para nos assombrar”.

O setor de saúde compartilha as mesmas falhas de segurança cibernética que outras empresas, mas com alguns obstáculos adicionais – falta de segurança, recursos financeiros e expertise para corrigir essa fraqueza.

Os prestadores de serviços de saúde também estão lidando com ambientes extremamente heterogêneos. Embora eles possam padronizar laptops e servidores, também gerenciam vários dispositivos conectados à rede. Estes podem incluir bombas de infusão de remédios, dispositivos de imagem, como scanners de ressonância magnética e tomografia computadorizada, e softwares de tratamento, como aqueles usados ​​para gerenciar marca-passos implantáveis.

Por fim, Jarva afirmou que os sistemas em diferentes partes de uma organização de saúde podem não funcionar bem uns com os outros – os prestadores de serviços de saúde podem ter várias unidades de negócios sem eficácia uniforme na segurança cibernética.

Recent Posts

Sites do governo do Rio Grande do Sul estão fora do ar

Os sites e serviços online do governo do Rio Grande do Sul estão inoperantes ou…

7 horas ago

Populos, Instituto Eurofarma e Positivo Servers & Solutions lançam programa de capacitação para jovens de baixa renda

A Populos Tecnologia em parceria com o Instituto Eurofarma, uma organização sem fins lucrativos fundada…

9 horas ago

Confira tudo o que aconteceu no IT Forum Trancoso 2024!

Terminou no domingo (05) o IT Forum Trancoso, edição que celebra os 26 anos dos fóruns…

10 horas ago

OpenAI enfrenta novas queixas de privacidade na UE

A OpenAI encontra-se novamente no centro das atenções devido a preocupações crescentes com a privacidade…

12 horas ago

Acordo bilionário entre Google e Apple está sob escrutínio antitruste

Um caso antitruste em curso nos Estados Unidos revelou um acordo financeiro substancial entre o…

13 horas ago

Afya adquire Unidompedro e Dom Luiz e expande vagas em Salvador

A Afya, empresa de educação e soluções médicas mineira, anunciou na semana passada a aquisição…

14 horas ago