Netflix: conteúdo relevante e custo acessível inibem pirataria

Nas próximas duas décadas, 90% dos conteúdos assistidos pelas pessoas serão transmitidos pela internet. Essa é a crença do CEO do Netflix, Reed Hastings. O executivo subiu ao palco do Mobile World Congress (MWC) 2017 para falar sobre o futuro do consumo de vídeos on-line, tendências do mercado, parceria com operadoras de telecom e pirataria.

Para o executivo, o avanço de streaming de vídeos pela web não significa, no entanto, que haverá crescimento de conteúdo pirata. “Nos países nos quais atuamos [são 130], há menos desejo por serviços piratas. Temos conteúdo relevante a um custo acessível. Nosso foco é prover, sempre, um bom serviço para que não haja desejo por pirataria. Essa é a nossa parte”, afirmou.

Nessa esteira, uma das estratégias é investir na melhoria de conexão para prover um streaming de qualidade. “Hoje, oferecemos imagem de boa qualidade com apenas 300 Kb de velocidade. Em alguns anos, esperamos que o numero caia para 200 Kb”, comentou, acrescentando que, dessa forma, a rede das operadoras não fica sobrecarregada. Sua expectativa é de que daqui quatro a cinco anos, a qualidade de vídeos será realmente incrível, algo possibilitado diretamente pela internet. “A web nos permite novas formas de criação.”

Com 100 milhões de assinantes no mundo, o Netflix tem apostado em inovações para conquistar e cativar seu público. Recentemente, por exemplo, a companhia lançou uma funcionalidade que permite baixar vídeos para assistí-los off-line em dispositivos móveis. Além disso, enfatizou, suas produções são globais e liberadas ao mesmo tempo em todas as localidades nas quais está presente. “Vamos continuar inovando”, garantiu o executivo, sem, no entanto, entrar em detalhes.

Sobre o futuro, Hastings se disse animado com o avanço da inteligência artificial (AI, na sigla em inglês). Ele sua visão, no futuro, robôs vão conviver lado a lado com pessoas. O executivo enfatizou que é difícil prever o futuro, mas que ele não tem certeza se o Netflix vai ser entreter pessoas ou robôs artificialmente inteligentes.

*A jornalista viajou a Barcelona (Espanha) a convite da Qualcomm

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