Pandemia fez ‘last mile delivery’ alcançar em 12 meses o esperado para 2030

Levantamento da DHL e do Conselho das Américas mostra que o e-commerce expandiu demanda, e a tecnologia ajudou a atendê-la

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10:27 am - 19 de setembro de 2021
DHL

A evolução crescente do e-commerce na América Latina vem contribuindo para sustentabilidade das cadeias de suprimentos, revela pesquisa da DHL. Produzido com a coordenação da organização internacional Conselho das Américas, o estudo apontam que a expectativa de crescimento da demanda para o “last mile delivery” – trecho final de uma entrega – era de 78% até 2030 antes da pandemia. Com a crise sanitária, porém, alcançou essa expectativa em apenas 12 meses.

Esse avanço acentuado do e-commerce acaba por expor os desafios de infraestrutura da região, que apresenta uma taxa de urbanização de 80%. O levantamento, contudo, mostra que a adoção de tecnologias, como big data, análise preditiva e inteligência artificial e o uso da robótica, vem revolucionando as operações que envolvem o e-commerce a fim de aumentar eficiência sustentável em seis áreas. São elas: soluções para last mile, embalagem, economia circular e logística reversa, agenciamento de carga, armazenagem e supply chain.

Dentre as inovações, o mapeamento destaca o uso de bicicletas e de veículos elétricos; a integração de algoritmos para a redefinição do design de embalagens com o objetivo de utilizar materiais sustentáveis ou reciclados junto com a otimização do espaço; software de gestão de inventário, bem como edifícios inteligentes que economizam até 45% de energia em um período de cinco anos.

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De acordo com Javier Bilbao, CEO da DHL Supply Chain América Latina, a empresa vem incorporando novas soluções e práticas sustentáveis para contribuir com a transformação do e-commerce. Como exemplo, ele cita o uso de mais de 200 veículos híbridos e elétricos na América Latina, que contribuem para a redução da geração de CO2, bem como as operações de armazéns com certificação LEED, tanto no Brasil como no México, por meio dos quais é possível garantir eficiência tanto de recursos e de energia.

Já Mirele Mautschke, CEO da DHL Express, ressalta o investimento em soluções last mile. “Até agosto receberemos 10 bikes e 5 scooters elétricas, estimulando o EcoDelivery, parte da estratégia da DHL em diminuir as emissões de carbono. Planejamos introduzir 10 veículos elétricos em 2022 e outros 35 em 2023 e esse é só o início da nossa jornada sustentável”. Além dos carros elétricos, a organização pretende introduzir dois caminhões elétricos de entregas este ano.

De acordo com o MIT Real State Innovation Lab, as compras on-line geram 36% menos emissões do que as compras realizadas em uma loja física. Diante disso, o estudo da DHL destaca a necessidade de colaboração entre empresas, os investidores ESG, os governos e as agências de colaboração internacional a fim de atender às necessidades e às preocupações dos consumidores.

Este ano, o Grupo Deutsche Post DHL anunciou seu novo plano de sustentabilidade com ações para zerar as emissões líquidas relacionadas ao transporte até 2050. A meta da companhia é investir 7 bilhões de euros em soluções verdes, expandindo sua frota de veículos elétricos para 80.000 em todo o mundo e aumentando o uso de combustíveis sustentáveis em seu transporte de longa distância até 2030.

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