Orçamento de cibersegurança nas empresas brasileiras crescerá 14%
Projeção da Kaspersky mira próximos três anos. Complexidade na infraestrutura de TI e especialização na área são principais impulsionadores dos gastos
Os orçamentos de TI para cibersegurança nas empresas devem aumentar 14,49% no Brasil nos próximos três anos, projetou um novo levantamento da Kaspersky, o Kaspersky IT Security Economics. Na América Latina, a média de crescimento projetado é de 16%.
A última projeção segue uma crescente em relação aos orçamentos do ano passado, quando os orçamentos médios de cibersegurança nas grandes corporações da região superaram R$ 1,8 bilhão – em contraste aos quase R$ 4 bilhões alocados para a área de TI no geral. Já no cenário das pequenas e médias empresas (PME), os investimentos estimados são de R$ 1,8 milhão em segurança contra quase R$ 4 milhões para TI.
No Brasil, 58,7% dos líderes de segurança ouvidos indicam que a necessidade de melhorar o nível de especialização em segurança é a principal razão para aumentar o orçamento de segurança, seguida pela maior complexidade da infraestrutura de TI (56,2%) Já para 40% dos entrevistados no país, o cenário de incertezas geopolítico ou econômico oferecem novos riscos e, portanto, devem refletir em maiores investimentos para a área.
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O aumento da verba por conta de maiores lucros também foi trazido como motivo para um crescimento de investimentos por 34,4% das empresas brasileiras.
A Kaspersky destaca que o orçamento adicional deve ajudar as empresas a lidar com os principais problemas relacionados à cibersegurança. Atualmente, metade das empresas brasileiras considera a proteção de dados como o maior problema de cibersegurança. Em seguida, aparecem o custo de proteger ambientes tecnológicos cada vez mais complexos (43,1%) e o planejamento inadequado com interrupções ou perda de produtividade (36,2%).
“É no mínimo curioso ainda ver o cenário econômico desafiador como argumento para o aumento de orçamento de segurança em um país que já passou por inflações altíssimas. Por outro lado, os demais resultados demonstram bem o impacto do bloqueio de empresas por ataques de ransomware na cultura corporativa brasileira”, avalia Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil.
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