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Oportunidades estão em produtividade e resiliência, afirma presidente da Cisco

Ainda que o momento econômico não seja dos mais favoráveis, o presidente da Cisco Brasil Rodrigo Dienstmann prefere adotar um tom otimista. O executivo avalia que embora a maioria dos grandes projetos no curto e médio prazos não está em expansões, existe uma série de oportunidades no que ele chama de franquias contracíclicas, ou seja, aquelas que têm bom desempenho mesmo em momentos de conjuntura econômica desfavorável.

“As oportunidades estão mais em produtividade, lembrando que na média o brasileiro é menos produtivo que um americano, ainda que tenhamos áreas de excelência produtiva, e resiliência, com projetos de segurança da informação e data center”, comentou, ao falar com jornalistas e analistas na sede do Centro de Inovação da Cisco no Rio de Janeiro.

Olhando por segmento econômico, diversos fabricantes têm encontrado dificuldades para vender para os varejistas, sobretudo pela queda no consumo das famílias, ainda que o setor demande modernização. Mas no caso específico da Cisco, Dienstmann pontua que, diferentemente do que acontece com diversos provedores, tem assistido a um crescimento nas vendas. Tal desempenho, o executivo atribui aos produtos que ajudam a melhorar a experiência do cliente e também ferramentas que aumentam a produtividade.

Na realidade, o CEO ressalta que todas as companhias que, de alguma forma, lidam com usuário final investem na melhoria da experiência do usuário, valendo assim para operadoras de telefonia e bancos, por exemplo.

Em relação à queda de investimento, Dienstmann calcula que o que mais caiu foi governo e isso em todas as esferas, mas que, ainda assim, algumas coisas têm acontecido, havendo, então, espaço para explorar. Pegue como exemplo a questão da educação. Foi definida como prioridade do governo federal, depois veio o corte no orçamento, mas abriram-se oportunidades em ensino à distância pelo componente de redução de custo.

Avaliando internet das coisas (IoT, da sigla em inglês) ou internet de tudo (IoE), que tem sido o grande foco da Cisco, Dienstmann ressalta que, assim como acontece na América Latina, em torno de 20% dos contratos corporativos já envolvem projetos de IoT ou IoE. Embora o governo não tenha sido o grande comprador, o executivo afirma que as principais iniciativas giram em torno de serviços públicos, como utilities, aeroportos/logística e transporte público, além de projetos para automação industrial e conectividade no ramo de mineração.

“Vivemos uma desmaterialização muito forte, quem compra calculadora, despertador? IoT conecta mais coisas, mas também destrói muitas outras, e as oportunidades estão nas mudanças de modelo de negócio e nessas vertentes de produtividade e resiliência. O crescimento seria outro ponto, mas este demora um pouco pela confiança abalada”, avaliou, para completar: “A conjuntura não fragiliza a oportunidade estrutural de IoT, trata-se de algo temporário e de combinação de série de fatore que se juntaram.”

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