Oi registra prejuízo líquido de R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre de 2015

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12:48 pm - 24 de março de 2016
Oi registra prejuízo líquido de R$ 4
A Oi S.A. registrou prejuízo líquido de R$ 4,5 bilhões no quarto trimestre de 2015 e R$ 5,3 bilhões para 2015. O resultado teve impacto principalmente por três ajustes contábeis (sem efeito caixa), no valor total de R$ 3,1 bilhões – todos relacionados a deficiência de ativos no balanço patrimonial.
A companhia encerrou 2015 com saldo de caixa de R$ 16,82 milhões, resultando em dívida líquida de R$ 38,15 milhões, ou montante 2,5% superior ao registrado para o terceiro trimestre de 2015. A dívida bruta consolidada da empresa chegou aos R$ 54,98 milhões no período, número 65% superior ao registrado em dezembro de 2014 e 2,5% maior que em setembro 2015.
Em teleconferência realizada na manhã desta quinta-feira (24/3), o CEO da operadora, Bayard Gontijo, reafirmou que a empresa está recebendo assessoria especializada para encontrar “alternativas financeiras e estratégicas para otimizar sua liquidez e seu perfil de endividamento”. Recentemente a companhia havia divulgado que essa orientação estava sendo concedida pela PJT Partners.
Além disso, durante a apresentação de resultados, foram afirmadas algumas vezes que, devido a questões legais, a empresa não poderia se aprofundar sobre o assunto, mas que “assim que tivermos qualquer informação sobre isso deixaremos o mercado saber”, disse Gontijo.
O CEO também afirmou que, “tendo em vista mudanças macroeconômicas e de mercado”, a companhia não mais divulgará projeções futuras – no caso, não foram divulgadas previsões para 2016. Assim, a expectativa é de que eles possam ter mais flexibilidade para trabalhar. Apesar disso, o executivo afirmou que a empresa está “focada completamente no processo de transformação de negócios”. 
Gontijo também afirmou que a tele tem constantemente trabalhado em redução de custos e, especialmente, em eficiência operacional, o que permitiu que fizessem mais com menos. “Não estamos apenas cortando custos, mas tornando a Oi mais sustentável”, disse.
O mesmo pode ocorrer nos próximos balanços devido a uma decisão do Conselho de Administração da Oi, que aprovou mudança na política de divulgação de informações, a qual permite que a companhia decida se divulgará ou não projeções para o ano.
Regulamentação
Gontijo também comentou no início da teleconferência sobre a revisão no modelo de concessão de telefonia fixa no País. A expectativa é de que a regulamentação seja definida ainda no primeiro semestre deste ano.
Também para o semestre, a empresa espera uma definição para sua solicitação no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que resultaria na troca de multas por investimentos de interesse público. Segundo o CEO, a Oi conseguiu três votos em cinco a favor na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e avaliação segue para o Tribunal de Contas da União.
Banda larga
De acordo com informes, a operadora terminou o quarto trimestre de 2015 com 5.109 unidades geradoras de receita (UGRs), resultado 2,9% menor ano a ano e 0,5% menor trimestre sobre trimestre. 
Segundo a Oi, a otimização e a seleção de investimentos com melhor alocação em regiões de maior demanda e equilíbrio competitivo, juntamente com o progresso de iniciativas cross-selling e upselling, levaram a um aumento na velocidade média da banda larga – o que, segundo a companhia, é essencial para sua estratégia de aumento na rentabilidade da base de clientes, melhorando o mix de entrada e fidelização.

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