Em tempos de disrupção tecnológica exponencial, a única saída para empresas e profissionais terem sucesso é manter um estado de profunda concentração, determina Steven Kotler, CEO e fundador do Flow Genome Project e autor dos best-sellers Stealing Fire e Tomorrowland. O escritor esteve no Brasil nessa terça-feira (5) para o HSM Expo 2019, evento que acontece em São Paulo.
Durante sua carreira como jornalista, Kotler se debruçou sobre as histórias de atletas de alta performance. Da sua cobertura, conseguiu extrair insights sobre como pessoas conseguem superar desafios e fazer o que ele chama de “a arte do impossível”. E o impossível, quebrar recordes, por exemplo, só é possível atingindo esse estado de consciência chamado flow (fluxo). “É o momento em que nos sentimos no nosso melhor e temos o melhor desempenho”, resume Kotler.
Esse estado de imersão, Kotler diz, muda até mesmo a nossa percepção do tempo – cinco horas passam como cinco minutos. “O flow é mensurável e universal. Organizações podem ser treinadas para atingir esse estado e aumentar sua produtividade. É necessário estar atento para competir de forma eficaz”, ressalta.
Mas diante de tantas interrupções, telas e demandas típicas da era digital, como profissionais podem atingir esse estado?
Dada às demandas do dia, pode parecer impossível atingir tal zona defendida por Kotler, mas há alguns gatilhos para chegar lá. “O flow é hackable”, conclui. Não se trata de um atalho, entretanto. “Há vinte e dois gatilhos para o flow, que podem ser trabalhados tanto de forma individual quanto coletiva”, pontua. Entre eles estão:
O elemento mais importante diz respeito à concentração. Não há como atingir o estado flow quando a nossa atenção pode se fragilizar a qualquer momento. Isso vale para todas as pequenas distrações que geram ansiedade no dia a dia. Elas vão desde abrir constantemente sua caixa de e-mail e checar notificações no celular até mesmo o que se tornou convenção nos escritórios contemporâneos: espaços abertos, com colegas podendo te acessar a qualquer momento. “Isso é um desastre para a produtividade”, alerta o escritor.
Segundo ele, os indivíduos precisam desligar as distrações já na noite anterior e iniciar seus dias de trabalho sem as mesmas. Outra dica? Comece o dia sempre pela tarefa mais difícil. “Menos é mais. Reduzir, desativar áreas é o que verdadeiramente colabora para a atenção completa”, explica o escritor.
Kotler baseia suas teorias no trabalho do psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, autor do termo Flow. Segundo ele, ao atingir este estado, o que se ganha, além da produtividade, é uma sensação de bem-estar, onde há a ausência de ansiedade e medo. “Quando estamos nesse estado, hormônios de estresse saem do nosso sistema. Cinco dos neuroquímicos mais potentes aparecem ao mesmo tempo e trazem o que chamamos de triângulo do alto desempenho: motivação, criatividade e aprendizado”, explica.
Na visão de Kotler, somente ao atingir o estado flow que indivíduos e empresas conseguirão se manter relevantes em meio a tanta disrupção tecnológica.
“O flow é mensurável e universal. Organizações podem ser treinadas para atingir esse estado e aumentar sua produtividade. É necessário estar atento para competir de forma eficaz”, aconselha.
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