Nubank se torna 3ª empresa mais valiosa do país após estreia na bolsa

As ações do banco digital fecharam em alta de 14,78% após estreia na Bolsa de Nova York (NYSE)

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2:06 pm - 10 de dezembro de 2021
IPO Nubank B3 (Imagem: dvulgação/B3/Cauê Diniz)

“A gente quer demonstrar que, agora, todos os setores da América Latina, por mais concentrados e por mais difíceis que sejam, estão abertos para empreendedores tentarem criar comunidades mais fortes e mais competitivas”, celebrou David Vélez, CEO e cofundador do Nubank, nesta sexta-feira (10) após a cerimônia de comemoração da negociação de BDRs do banco digital na B3.

O evento marcou o lançamento das Brazilian Depositary Receipts (BDR), recibos de ações listadas no exterior, do Nubank na B3, em São Paulo. Os papéis começaram a ser operados ontem, mas foram celebrados hoje com o tradicional toque de sino na bolsa brasileira. Os cofundadores Cristina Junqueira e Edward Wible também participaram do evento.

O Nubank realizou seu IPO nesta quinta-feira (09) na Bolsa de Nova York, a NYSE. As ações do banco digital fecharam em alta de 14,78% na estreia ontem. As BDRs (NUBR33), por sua vez, subiram 20,10%. Cada BDR representa o equivalente a um sexto de uma ação negociada na bolsa estadunidense.

Com isso, o Nubank ganhou R$ 58,5 bilhões em valor de mercado, encerrando seu primeiro dia de pregão a R$ 290 bilhões de reais. Na véspera, o Nubank havia sido avaliado em cerca de US$ 41,5 bilhões, ou R$ 230,56 bilhões.

O resultado fez da fintech a terceira empresa brasileira de capital aberto mais valiosa do mercado. O Nubank fica atrás apenas de Vale e Petrobras. Isso também coloca o Nubank à frente de instituições financeiras como o Itaú Unibanco, avaliado em cerca de R$ 202,7 bilhões.

“Nós ficamos muito orgulhosos não só de que nós terminamos de fazer o IPO, mas da forma como a gente o executou”, afirmou Vélez no evento desta sexta. Segundo o cofundador da empresa, a decisão de fazer um dual listing, a primeira do país, é uma forma como a companhia manifestou sua cultura em uma ação concreta.

“O que a gente queria fazer no IPO era incluir os clientes, incluir a maior quantidade de clientes nesse processo. O certo era listar no Brasil, não dava para ir só lá nos Estados Unidos, uma empresa brasileira com clientes no Brasil, então decidimos fazer o dual listing”, completou o executivo.

Além de ofertar as BRDs na B3, o Nubank também promoveu o programa de “NuSócios”, que distribuiu BRDs para clientes interessados. Mais de 7,5 milhões de clientes aderiram ao programa e receberam uma BDR. O resultado também animou pelo seu potencial de trazer mais pessoas físicas para o mundo de investimentos.

“O NuSócios tem um potencial enorme”, destacou Gilson Finkelsztain, presidente e CEO da B3, durante o evento. “São quase oito milhões de potenciais CPFs que podem se juntar ao mercado após 12 meses. É um presente que eles deram aos clientes pela confiança, mas que pode trazer um pouco de inclusão financeira e esse mundo de investimento para as pessoas”.

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