Novo presidente da Oracle mira crescimento de negócio de cloud

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12:44 pm - 06 de julho de 2017

Rodrigo Galvão ingressou na Oracle aos 19 anos como estagiário. Há 30 dias, aos 35 anos de idade, assumiu o comando da empresa no Brasil, após a saída de Cyro Diehl em novembro de 2016, que liderava a companhia desde 2009, e já pode ser considerado o presidente de uma empresa de TI mais jovem a ocupar o posto.

Durante sua trajetória na gigante de tecnologia, que no ano fiscal 2017 encerrado em 31 de maio deste ano somou receita total de US$ 39,7 bilhões, Galvão passou por diversas áreas. Financeiro, Oracle Direct, Customer Experience e Tecnologia, a mais recente, são algumas delas. O fato de conhecer profundamente a empresa o deixa à vontade para falar sobre a trajetória da organização nos últimos anos e o que vem por aí mesmo com pouco tempo na principal cadeira da fabricante.

“Os hábitos de consumo mudaram e os modelos de negócios também. Isso levou a uma transformação das companhias. Quero fazer da Oracle uma empresa sempre harmônica e que leva soluções digitais adequadas para nossos clientes”, disse o executivo em conversa com jornalistas.

Com a transformação no mercado, não é de se espantar o fato de a Oracle ter nomeado como presidente um talento tão jovem. “Me sinto qualificado e tranquilo, pois conheço a empresa muito bem e estou alinhado às mudanças do setor”, garantiu.

Adepto de esportes, Galvão prefere ir e voltar do trabalho de bicicleta ou correndo. Seu estilo de vida já provocou, inclusive, algumas mudanças internas, como a instalação de um banheiro com chuveiro para os adeptos da pedalada e outros esportes. O prédio da Oracle, em São Paulo, ganhará ainda beacons para acompanhar os profissionais que preferirem subir e descer de escada. “Vamos transformar essa prática em um game e ver quem se destaca”, adiantou, o também cantor nas horas vagas.

De olho na nuvem
Uma das apostas de Galvão e da empresa para os próximos meses está na nuvem. Da receita total do ano fiscal 2017, cloud cresceu 68% e a expectativa de salto da vertente é grande, revelou. Citando dados de mercado, ele afirmou que apenas 10% das empresas migraram para o modelo. “Há muito potencial para expansão. Muitos negócios não levaram seu core para a nuvem”, apontou.

Segundo ele, todos os produtos da Oracle já estão em linha com o modelo de computação em nuvem. “Nosso ERP, por exemplo, há nove anos vem se transformando para a nuvem. É um modelo que cresce a passos largos”, garantiu.

Para acelerar a jornada de seus clientes para a nuvem, a Oracle abriu, em 2015, um data center no Brasil e já está no forno o segundo centro de dados em solo nacional. A expectativa de Galvão é de que o espaço fique pronto até o final deste ano.

Os canais, disse, estão preparados para atender à crescente demanda, graças ao investimento que a Oracle tem feito em capacitação e especialização de seu ecossistema, garantiu.

Aproximação com startups
Recentemente, a Oracle anunciou que São Paulo passará a fazer parte de seu programa global de aceleração de startups, o Oracle Startup Cloud Accelerator. A cidade sediará a iniciativa no Brasil e poderá receber inscrições de empreendedores de todo o País interessados em acelerar projetos.

O programa deve selecionar cinco startups a cada semestre, totalizando dez empresas ao ano. “Na primeira fase, recebemos a inscrição de 500 startups. Para se ter uma ideia, as grandes aceleradoras registram 700 interessados”, comemorou o executivo.

A iniciativa oferecerá aos escolhidos seis meses de orientação de especialistas técnicos e de negócios, tecnologias avançadas, espaço de coworking com outras startups, contato com clientes, parceiros e investidores, além de livre acesso às soluções de Oracle Cloud.

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