Novas análises forenses de DNA e Big Data estão ajudando a polícia a eliminar suspeitos de crimes

Perfis de DNA estão ajudando a polícia americana a encontrar criminosos. É o caso do “Assassino do Estado Dourado” (o caso Golden State Killer). Depois de mais de 40 anos, a polícia finalmente prendeu o homem, que era policial. O suspeito, agora com 72 anos, teria cometido uma série de assassinatos e estupros na Califórnia entre 70 e 80.

Jospeh James DeAngelo foi descoberto após uma verificação de DNA da cena do crime comparado a um site público de genealogia. Em resumo, a investigação usou amostras de DNA do GEDmatch, um site que permite aos usuários procurar informações sobre seu histórico genético, combinando seu próprio DNA com perfis de DNA publicamente disponíveis. O DNA de DeAngelo correspondia parcialmente a um perfil no banco de dados do GEDmarch — que pertence a um parente do assassino — e levou a polícia até o suspeito dos crimes.

O superintendente-chefe holandês Mark Wiebes tomou conhecimento da história e acrescentou que isso não teria sido legalmente possível na Holanda. “Em casos de longa duração e comoventes como este, é tentador coletar e analisar o maior número possível de amostras de DNA. Mas não torna isso certo”, disse ele, que é também chefe de inovação.

Wiebes sempre se opôs à instalação de um banco de dados de DNA nacional que contém amostras de toda a população holandesa. “Não precisamos de uma rede maior para melhorar a captura de criminosos. Precisamos nos tornar melhores em interpretar os dados que já temos”, disse ao The Next Web. A resposta para se tornar melhor é tecnologia.

Quem não cometeu o crime?

Wiebes aponta que, atualmente, há muitas informações que podem ser derivadas do DNA como cor da pele, cor do cabelo, a cor dos olhos de alguém. Incluindo outros detalhes como a forma do crânio, se têm ou não sardas e de onde são seus ancestrais. Em posse desses dados, a polícia pode começar a descartar suspeitos que não cometeram o crime, de preferência em um estágio inicial da investigação, o que economiza tempo e dinheiro e dá uma direção para os policiais.

Não é como se cientistas forenses analisassem amostras de DNA, criassem perfis físicos e usassem esses perfis para provar que alguém é culpado. Evidências de DNA nunca podem ser usadas para condenar uma pessoas a menos que haja uma correspondência exata com alguém no banco de dados de DNA forense holandês — que contém DNA de pessoas previamente condenadas — e mesmo nesses casos, outras evidências são necessárias para completar a acusação.

Essa abordagem do perfil do DNA — excluindo os suspeitos em vez de incluí-los —ajudou a reabrir um caso holandês parado desde os anos 90. Usando uma nova tecnologia forense, a amostra de DNA da cena do crime revelou que a pertencia a alguém de ascendência turca.

Essa nova informação permitiu que a polícia estabelecesse uma pesquisa de parentesco em pequena escala na área onde o crime foi cometido e apenas homens com raízes turcas foram convidados a participar. Embora o homem que atualmente é o principal suspeito tenha se recusado, ele foi identificado porque um de seus parentes participou.

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