Trazer internet de alta velocidade a todas as escolas públicas do Brasil até 2025. Esse é o objetivo do Instituto Escola Conectada, iniciativa lançada nesta terça-feira (24) que busca impulsionar a transformação da sociedade brasileira por meio da conectividade.
A ONG é motivada pelo problema crônico de conectividade que aflige o ensino público do país, que se tornou ainda mais latente ao longo dos últimos meses. Em uma fala durante o evento de lançamento da iniciativa, Leonardo Euler de Morais, presidente da Anatel, destacou a “carência notável” de conectividade em grande parte das escolas brasileiras, em termos de qualidade e acesso.
“A pandemia demonstrou a persistência desse gap digital e trouxe uma perspectiva muito clara de que as ferramentas digitais enriquecem muito o ensino, aproximando conteúdos, alunos e mestres”, disse o presidente do órgão regulador.
Dados do Censo Escolar 2020, divulgados pelo INEP, mostram que cerca de 30% das escolas da rede pública não dispõem de internet. Outras 13% dispõem de uma conexão que não é de banda larga. “O quadro atual é: frequentemente a internet não chega. Quando chega, não é distribuída. Quando é distribuída, nem sempre é usada. Quando usada, pode não ter a manutenção adequada”, explicou Thomas Fuchs, fundador do Instituto Escola Conectada.
Apesar de ter sido apresentado oficialmente nesta semana, o instituto já está em atividade há ao menos seis meses no país. No período, a iniciativa tem feito a ponte entre provedores e escolas públicas interessadas e iniciando projetos de implementação de conexões de no mínimo 100 mbps em instituições de ensino.
A primeira escola a participar do projeto foi a Escola Municipal Prudente de Moraes, localizada em Miracema, noroeste do estado do Rio de Janeiro, em parceria com o provedor de internet Sumicity. Desde então, 15 escolas públicas nos estados de Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco já conectadas e outras 47 em processo de conexão. No total, cerca de 10,4 mil alunos já estão sendo impactados diretamente pela iniciativa.
A internet é fornecida e mantida por provedores parceiros, que disponibilizam a conectividade gratuitamente. Entre os apoiadores da ONG estão o Grupo Datora e os provedores Sumicity, Telecall, Ligue Telecom, Telium, Um Telecom, RLine e Net Cintra. Não há contrapartida por parte das escolas.
Escolas interessadas podem acessar o site do Instituto Escola Conectada e preencher os dados solicitados para que a organização busque empresas parceiras que possam apoiá-las com as conexões.
O processo de conexão das escolas leva em consideração um índice criado pelo próprio instituto, que mensura questões como infraestrutura externa e interna, uso pedagógico da internet e manutenção de rede. Com o índice em mãos, a ONG entra em contato com os provedores que melhor atendam às necessidades da instituição de ensino.
Para garantir o uso adequado e pedagógico da conectividade pelas escolas, há uma validação periódica e acompanhamento por parte da ONG através de filtros contra conteúdo impróprio ou não-pedagógico. Os provedores participantes também se comprometem a fornecer, no mínimo, conectividade por três anos às escolas.
Paralelamente ao projeto de conexão, o instituto também está promovendo, em uma parceria com a Fundação Lemann, um mapeamento que tem como objetivo analisar todos os custos envolvidos na conexão de todas as escolas públicas do Brasil. Segundo Fuchs, o levantamento ajudará a ONG a entender qual será o custo total do projeto, especialmente para conexão de escolas rurais.
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