NordVPN faz levantamento de maiores ataques cibernéticos de 2021
Órgãos públicos e privados sofreram com cibercriminosos no Brasil
A NordVPN, especialista em cibersegurança, realizou um levantamento com uma análise dos maiores ataques cibernéticos no Brasil. A pesquisa buscou os ataques que mais chamaram a atenção, e abrange tanto empresas privadas, como JBS e Renner, como órgãos públicos, como o Superior Tribunal de Justiça e Ministério da Saúde.
No início de 2021, 220 milhões de brasileiros tiveram o CPF, salário, score de cartão de crédito, cheques sem fundo, números de telefone, placa de carro, tipo de combustível e outros dados expostos. A origem dos dados não foi identificada, mas o risco era alto, visto que eram diversas informações que poderiam abrir precedente para diversos golpes.
A lojas Renner teve seu site tirado do ar em decorrência de um ataque de ransomware e os responsáveis pela ação criminosa cobravam um resgate que chegaria a US$ 1 bilhão para liberar os sistemas criptografados da empresa. Em uma situação semelhante, a alimentícia JBS realizou o pagamento de US$ 11 milhões a cibercriminosos que comprometeram os sistemas da empresa, em junho do ano passado.
A Atento, empresa de telemarketing, teve seu sistema invadido e afirmou ter isolado seus sistemas, interrompendo suas conexões com clientes, para evitar o risco do vazamento de dados da empresa. Em agosto de 2021, o hospital de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, foi vítima de um ciberataque, deixando seus sistemas de gestão e atendimento paralisados e trazendo prejuízos ao seu banco de dados. A ação tinha como objetivo um resgate a ser pago em dólares, via bitcoins.
Com a rede interna do Tesouro Nacional não foi diferente. Ela sofreu um ataque de ransomware, ficou com o sistema inoperante e os arquivos foram criptografados. Foi exigido um resgate para desbloqueá-los. No final do ano passado, os sistemas do Ministério da Saúde, envolvendo a Rede Nacional de Dados em Saúde, que ainda não fora reestabelecida, porém, o e-SUS Notifica, ConecteSUS e Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações operam normalmente.
Além disso, mais de 20 órgãos do governo sofreram ataques, bem como a Agência Nacional de Transportes Terrestres, a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público da União, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, a Embratur, o Departamento de Polícia Rodoviária Federal, o Instituto Federal do Paraná, o Instituto Federal do Piauí, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, a Escola Nacional de Administração Pública, ligada ao Ministério da Economia.