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NOC: o que é e para que serve?

Segurança digital e infraestrutura de tecnologia de alta disponibilidade são imprescindíveis para evitar que falhas de sistemas comprometam os negócios no dia a dia das corporações. É por isso que, para atender às novas realidades digitais, as empresas estão considerando a aplicação de serviços essenciais em TI, como o Centro de Operações de Rede, o NOC (do inglês Network Operations Center).

Afinal, os processos produtivos nos ambientes corporativos mudaram. As pilhas de papéis foram substituídas por documentos arquivados na nuvem com acesso via aplicativos. E o patrimônio mais importante das organizações, a informação, já não está mais trancado sob grades e cadeados – hoje, os dados são protegidos por softwares. 

Porém, como gerenciar tudo isso de maneira orgânica em um mundo cada vez mais conectado e globalizado, no qual uma simples queda na internet pode colocar em risco todas as operações de uma companhia? 

A resposta imediata que vem à cabeça da maioria dos gestores de empresas é: ter profissionais de TI à disposição, 24 horas por dia, por sete dias da semana, para checar o ambiente de rede e agir em caso de interrupção de serviço. Mas, a questão é, qual é o custo para essa operação? É nesse ponto que o NOC faz a diferença. Com o serviço, a rede de TI de uma empresa é monitorada sem que haja necessidade de mobilizar a equipe interna. 

Geralmente, contratado sob demanda e de acordo com a necessidade de cada cliente, o NOC reúne um conjunto de ferramentas e processos, que servem para monitorar e evitar incidentes de rede. Depois de configurado em toda a infraestrutura tecnológica, como desktops e servidores, o serviço gera relatórios detalhados das atividades, e é capaz de prever falhas, saber quando é necessário fazer atualizações e gerenciar a segurança da rede contra ciberataques.

Além disso, todo o processo é gerenciado por equipes de profissionais altamente capacitadas que atuam em até três níveis de atendimento diferentes e resolvem desde os problemas básicos, até os mais críticos como a interrupção da disponibilidade da rede. Quando uma falha não é resolvida no primeiro nível, por exemplo, o NOC aciona os outros dois até que o problema seja sanado, podendo enviar, inclusive, um profissional in loco, se necessário.

As equipes de atendimento também podem ser compostas por profissionais bilíngues e até trilíngues, atendendo a chamados em qualquer país e fuso horário. Ou seja, tudo vai depender da demanda de cada operação e das especificidades contratadas, pois o NOC se adapta ao perfil de qualquer empresa.

Mas o NOC ainda vai além, muito além da prevenção de incidentes. Por meio dessa aplicação é possível coletar dados da utilização da capacidade da rede e sugerir o redimensionamento para prevenir a interrupção dos sistemas. E contribui ainda, para a gestão do ciclo de vida dos equipamentos, avisando a cada ano, por meio de inventários, se é necessário trocá-los ou se a validade do suporte do fabricante já expirou, por exemplo.

Diante dessas funcionalidades, o NOC se tornou um serviço de TI estratégico e de valor agregado, que mantém as operações ativas o ano inteiro, independente do tamanho da empresa ou da quantidade de filiais e sistemas interligados em diferentes países.

Ainda assim, será que a monitoria da rede não poderia ser feita pelos profissionais internos? A resposta depende. O ponto, porém, é que além de impactar nas atividades prioritárias da empresa, essa demanda exige conhecimentos das ferramentas de monitoria, interpretação dos dados, ações rápidas em caso de ambientes críticos fora do ar e dedicação exclusiva.

E, nesse caso, procurar por uma consultoria especializada seria o melhor caminho, pois a tendência é que as empresas invistam mais em gestores e diretores estratégicos de TI e terceirizem serviços mais operacionais.

Com as redes de computadores cada vez mais complexas, as empresas que quiserem ser competitivas devem potencializar suas operações, agilizar seus processos e melhorar a sua visibilidade, garantindo um ambiente de rede saudável, e o NOC pode entregar isso de maneira prática e eficiente.

*Sandra Woodward é diretora de Vendas da Nap IT – Global Network Solutions

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