Negócio de compra da Arm pela Nvidia será investigado pela UE

China também deve questionar o negócio, já que a Arm é uma das únicas projetistas de chips que não é prejudicada pelas sanções dos EUA

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12:30 pm - 30 de agosto de 2021
Arm fabricante semicondutores Arm

A União Europeia examinará se o acordo de compra da Arm pela Nvidia, em um negócio de US$ 54 milhões, não resultará em uma redução da competição entre os principais designers de chips do mundo, de acordo com o Financial Times. O negócio, se concluído, será um dos maiores negócios de aquisição no setor de tecnologia.

“A investigação deve começar depois que a Nvidia notificar oficialmente a Comissão Europeia de seu plano de adquirir a Arm”, disse o jornal financeiro do Reino Unido, citando duas pessoas que sabem sobre os planos da Nvidia, “com a fabricante de chips dos EUA planejando fazer sua apresentação no semana a partir de 6 de setembro”.

Após relatos de que foi aberta uma investigação formal de lei de concorrência sobre a compra da Arm da Softbank pela firma de IA, a Nvidia disse ao site The Register que trabalharia “com a Comissão Europeia para resolver quaisquer preocupações que possam ter”.

Colette Kress, CFO da Nvidia, disse aos investidores em uma teleconferência de lucros para o segundo trimestre de 2022 da empresa, na semana passada, que a empresa está trabalhando no processo regulatório do negócio de aquisição, “embora alguns licenciados da Arm tenham expressado preocupações e tenham se oposto à transação”, segundo publicação do The Register.

O conglomerado japonês SoftBank apresentou pela primeira vez a ideia de vender a designer de chips Arm, com sede em Cambridge, no ano passado, tendo comprado a empresa, em 2016, por US$ 32 bilhões na época do negócio. Um prêmio de US $ 22 bilhões sobre esse preço representaria um retorno saudável sobre o investimento, diz a publicação.

Os reguladores da UE estão seguindo os passos da Autoridade de Concorrência e Mercados da Grã-Bretanha, que fez um anúncio surpresa na semana passada de que acredita que o acordo prejudicará a concorrência por designs de CPU, GPU e sistema em chip. Um relatório formal do governo será entregue em janeiro de 2022.

A China também deve levantar suas preocupações sobre a aquisição da Arm, um dos poucos projetistas de chips que não é afetado pelas sanções dos EUA sobre tecnologia de design de chips. Isso significa, diz o The Register, que se a empresa do Reino Unido ingressasse nos Estados Unidos, a China perderia potencialmente o acesso à tecnologia que sustenta sua importante cadeia de fornecimento de chips.

Com informações de The Register

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