Monero: a criptomoeda preferida pelos desenvolvedores de malware

Cada moeda virtual possui características orientadas a diferentes públicos e com tecnologias destinadas a reparar diversas falhas descobertas pelo Bitcoin, a criptomoeda mais popular no momento. Por isso, a Eset, empresa de detecção proativa de ameaças, analisou alguns pontos das moedas virtuais presentes no mercado para conhecer seu nível de segurança.

Entre as moedas que seguem de perto o Bitcoin, que é hoje a mais famosa do mercado, a criptomoeda Monero é a principal. O Monero tem uma abordagem mais anônima, com tecnologia específica que dificulta o rastreamento de endereços e a possibilidade de anonimato baseado em assinaturas digitais (chamadas de Ring Signatures), características que são interessantes para desenvolvedores de Malwares. Por estes motivos, é muito mais difícil inferir a verdadeira identidade da pessoa que faz uma transação, o que é importante para aqueles que estão envolvidos em ações ilegais.

Por outro lado, o Monero é uma opção prática para o usuário, pois não requer muita energia para acompanhar a moeda. Ele usa um protocolo de Proof of Work baseado no algoritmo CryptoNight, o que significa que o Monero pode ser extraído por meio de computadores domésticos, no trabalho ou em um datacenter, gerando um atrativo para códigos de mineração maliciosos. Embora seja uma criptomoeda relativamente nova, ela está no top 10 da lista de criptomoedas alternativas, de acordo com o Coin Market Watch.

Embora o Bitcoin ainda seja, em geral, o mais aceito pelas empresas, muitos usuários estão experimentando outras criptomoedas. Existe uma grande especulação associada às flutuações de mercado. Além disso, o público cada vez mais se conscientiza sobre cada uma das opções, o que gera uma tendência de aumento na utilização das moedas virtuais nos próximos anos, independentemente de qual seja a escolhida. Por esse motivo, ao fazer transações, o Monero continua sendo atraente, mesmo sendo uma das criptomoedas que está ganhando mais força no mundo do malware.

“Como podemos perceber, vários códigos maliciosos parecem estar voltados para o roubo de carteiras de criptomoeda, independentemente do nome da moeda, portanto, há vários focos de atenção para os desenvolvedores de malware. Isso não é novidade, já que os golpistas se concentraram no que é mais lucrativo e preferem roubar qualquer coisa de valor da qual possam obter vantagens facilmente”, disse Cecilia Pastorino, especialista em segurança informática da ESET América Latina.

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