Microsoft Brasil traz disponibilidade geral de cloud para missão crítica

Companhia divulgou nesta terça-feira (16) zonas de disponibilidade geral de infraestrutura na nuvem para todos os clientes no Brasil

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9:01 am - 16 de março de 2021
Azure

A Microsoft tem acelerado o passo na ampliação de suas estratégias de nuvem para o mercado brasileiro. A companhia anunciou nesta terça-feira (16/03) a disponibilidade geral das suas zonas de disponibilidade Azure para a região Brazil South. Zonas de disponibilidade vão de encontro às demandas de clientes que precisam de redundâncias em relação ao armazenamento de dados. Na prática, são locais isolados de falhas em uma região de data center. Para entregar esse tipo de “poder”, fornecedoras de tecnologia oferecem, sob essa infraestrutura, particularidades como energia redundante, resfriamento e rede. Tal oferta da Microsoft passa a valer para todos os clientes a partir da data de hoje.

Em entrevista exclusiva ao IT Forum, João Nunes, Diretor de Azure da Microsoft Brasil, conta que o anúncio dá continuidade às estratégias da Microsoft para o mercado local. Em outubro do ano passado, a companhia anunciou a expansão de sua infraestrutura de nuvem com a inauguração de uma nova região de data center, a Brazil Southeast Region, baseada no Rio de Janeiro. “Parte da expansão visa responder a crescente demanda para Microsoft Cloud, não só para o Azure, mas para Microsoft 365, Microsoft Dynamics, Power Platform… A gente estruturou uma série de investimentos, lançamentos e expansão que faremos durante o ano”, contou o executivo. A companhia, entretanto, não detalha números para a divisão de nuvem e investimentos para regiões específicas, mas Nunes afirma que o crescimento no Brasil tem acompanhado a curva ascendente do Microsoft Azure no mundo, com estabelecidos dois dígitos.

Joao Nunes interna Microsoft

João Nunes, Diretor de Azure da Microsoft Brasil

Redundância e conformidade

As zonas de disponibilidade da Microsoft a partir da região sul de data centers (com sede em São Paulo) começaram a operar ainda em janeiro deste ano com alguns clientes para fins de testes. Entre os clientes está a Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, que, em 2020, dada às restrições da pandemia viu as compras on-line darem um salto vertiginoso.

Operações robustas como plataformas de e-commerce (que recebem grande volume de acessos e transações); plataformas financeiras; de segurança pública e ainda da área de saúde, são exemplos de verticais que Nunes indica como aquelas que se encaixam como caso de uso para se beneficiar da redundância de zonas de disponibilidade em data center. “[O objetivo é] cobrir possíveis falhas no armazenamento de dados e serviços, assim como a localização de dados tendo em vista as regras [de conformidade], como a LGPD”, acrescenta o executivo.

Parte da redundância ofertada para negócios de missão crítica reside em uma geografia descentralizada para os data centers. No Brasil, as duas regiões – Brazil South e Brazil Southeast – “se combinam” para entregar tais capacidades. Em teoria, data centers já contam com uma série de capacidades que entregam alta disponibilidade e gatilhos que assegurem o armazenamento de dados. Entretanto, para negócios de missão crítica que dependem da baixa latência e capacidades de disaster recovery, por exemplo, zonas de disponibilidade com geografia local tendem a criar a redundância para a continuidade dos negócios.

Se uma área de data center é comprometida, as demais áreas atuam. Na última semana, um incêndio tomou o maior data center na França causando transtornos mundiais. Cerca de 3,6 milhões de sites e 464 mil diferentes domínios saíram do ar, sendo a maior parte deles na França. Conforme explica Nunes, zonas de disponibilidade seriam, então, resistentes à catástrofes. “É importante que o cliente tenha como parte da estratégia de disaster recovery, um plano de replicação de dados para recuperação de desastres como esse”, destaca Nunes.

O anúncio desta terça-feira integra o plano “Mais Brasil” que a Microsoft anunciou em outubro de 2020. Segundo a companhia, entre as estratégias estão compromissos para aumentar a oferta de nuvem no País, dando suporte a aceleração digital de negócios e, consequentemente, apoiando a recuperação econômica. Os serviços de nuvem Microsoft Azure, Microsoft 365 e Dynamics 365 e Power Platform estão disponíveis com armazenamento de dados no Brasil.

 

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