Na indústria 4.0, a eficiência dos processos de produção é posta à prova a cada novo sensor instalado em uma máquina e a cada novo sistema que passa a controlar uma parte da operação. A cada etapa de adoção de novas tecnologias, sistemas e soluções, existem riscos que podem ser minimizados com a implantação da metodologia ágil.
Desenvolvida inicialmente na indústria de software e depois aplicada a outros setores, a metodologia ágil é uma alternativa à gestão tradicional de projetos, e permite aprimorar processos, aumentar a produtividade e encurtar os ciclos de entrega com o envolvimento de equipes cada vez mais multidisciplinares e focadas, resultando em melhor qualidade.
Escrito em 2001 e endossado por 17 desenvolvedores de software, o Manifesto Ágil surgiu da observação de pontos comuns de projetos que tiveram sucesso em suas metodologias e também visava evitar falhas de desenvolvimento, como a que resultou a explosão do foguete Ariane-5, em 1996, que causou um prejuízo de US$ 370 milhões.
Investigações da Agência Espacial Europeia sobre o acidente identificaram que a explosão na hora do lançamento não havia sido provocada por falha mecânica ou mesmo sabotagem. Um simples erro de software, que fez cálculos errados na hora do lançamento, causou o desastre.
Esse episódio também trouxe uma grande lição que foi observada com atenção pela indústria: era preciso ter mais agilidade e eficiência nas entregas e na execução de um projeto como um todo, garantindo um resultado final de alta qualidade. Afinal, imagine se o software que controla a operação de um alto forno em uma siderúrgica errar algum cálculo que leve a uma falha mecânica? O resultado pode ser uma grande explosão, causando, além dos prejuízos financeiros, a morte de funcionários.
Tornar a Indústria 4.0 uma realidade exige a adoção de um conjunto de tecnologias e automação industrial, com intensa digitalização de informações e comunicação direta entre sistemas, máquinas, produtos e pessoas. A jornada rumo à Indústria 4.0 vai muito além de software e hardware, passando pela construção da estratégia, processos, metodologias e a mudança da abordagem em relação à gestão de projetos.
A metodologia ágil vai de encontro a essa flexibilidade, rapidez e segurança exigidas pela Indústria 4.0, oferecendo a capacidade de realizar ajustes no projeto e no produto conforme eles evoluem. Ao considerar as mudanças rápidas do ambiente – como os clientes, a tecnologia e os concorrentes – a gestão de projetos vai se adaptando de forma flexível, gerando aprendizado durante o processo. Isso garante o melhor resultado possível, de forma eficiente e sustentável para a empresa, ao mesmo tempo que maximiza a experiência do cliente em cada etapa.
A jornada rumo à Indústria 4.0 não é uma opção e os líderes de negócio devem aproveitar a oportunidade e transformar inovadoras tecnologias em aliadas. Assim, a metodologia ágil, implantada a partir de um projeto bem estruturado, com a presença de parceiros com expertise comprovada, se encaixa perfeitamente nesse novo cenário, otimizando os resultados finais, poupando tempo e recursos na gestão de projetos.
*Gilberto Strafacci, Diretor do SETEC Consulting Group
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