Mercado precisa de produtos de segurança de fácil uso, afirma CEO da Blockbit
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“Empresas estão carentes de produtos para segurança de rede que sejam de fácil uso”. Essa afirmação foi dada por Eduardo Bouças, CEO da Blockbit, uma empresa lançada na quinta-feira (28) e que surgiu exatamente com esse objetivo: trazer simplicidade de uso e eficiência para soluções de segurança com foco em rede.
Nascida da compra da BRConnections pela Cipher, a recém-companhia recebeu apoio financeiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do fundo de investimentos DML para levantar voo e, além da expertise em produtos de segurança provenientes da compra, a Blockbit também ganha atuação global, com escritório em Miami, Londres e São Paulo. O valor da transação foi de R$ 20 milhões.
“Vimos que a Cipher tinha um projeto focado na internacionalização, inovação tecnológica, posição internacional, [então] entendemos que tinha todo mérito [e isso culminou no aporte]”, observa Augusto Schaffer, gerente do departamento de Gestão de Participações Acionárias do BNDES.
Bouças ressalta que a Blockbit irá operar de forma independente da Cipher. “Temos o corpo diretivo completamente segregado, com metas e planos distintos”, conta.
Mesmo entrando em um mercado que já tem grandes concorrentes – incluindo Cisco, Watchguard e Fortinet, a empresa é ainda mais ambiciosa: tem planos de lançar seu IPO em 2019, além de tornar 60% da sua receita proveniente de fontes no exterior dentro de dois ou três anos.
E a principal arma que a Blockbit tem para ganhar mercado é investir em sua estrutura de canais. Sem dar detalhes, Bouças afirma que o investimento será pesado em parceiros, e que a meta é fazer com que 100% das vendas sejam por meio deles. “Apesar de termos escritórios, não conseguimos atender o mercado tão fortemente sem canais, porque eles estão na ponta”, observa.
O portfólio da empresa é formado por três pilares: UTM (Unified Threat Management), VCM (Vulnerability and Compliance Management) e SMX (Secure eMail eXchange). A ideia, de acordo com o CEO, é trabalhar tanto de forma reativa quanto preventiva, “para garantir que falhas sejam corrigidas antes que o atacante chegue para explorá-las”, comenta. “Prevenção com reação traz inteligência para o negócio.”