O mercado global de computadores alcançou 71,9 milhões de unidades vendidas no quarto trimestre de 2015, um declínio ano a ano de 10,6%, de acordo com a IDC. Embora os resultados estejam em linha com o anteriormente previsto, eles estão pela primeira vez abaixo dos 300 milhões de unidades registrados em 2008.
O Gartner também afirma que o cenário é desfavorável, mas a consultoria fechou 2015 com declínio de 8,3% para o quarto trimestre do ano – resultado um pouco mais positivo que o da IDC. Ainda de acordo com a consultoria, todas as regiões do mundo registraram queda nas vendas e questões como a desvalorização da moeda foram de grande impacto nos resultados da Europa, Oriente Médio e África (EMEA), América Latina e Japão, de acordo com Mikako Kitagawa, analista principal do Gartner. “Coletivamente EMEA, Japão e América Latina viram seus mercados reduzidos em quase 10% em 2015”, disse.
A IDC ressalta que problemas econômicos, como a queda dos preços das commodities e câmbio internacional fraco, bem como questões sociais na região Europa, Oriente Médio e África e Ásia-Pacífico contribuíram para o cenário de 2015.
A IDC registrou no trimestre final um pequeno aumento em comparação com o terceiro período, mas o declínio ano a ano foi o maior da história, superando os 9,8% de 2013.
Já o Gartner contraria a ideia de que o último trimestre do ano tenha contribuindo positivamente para o resultado. “As vendas da temporada não aumentaram os embarques globais de PCs, sugerindo mudanças no comportamento dos consumidores na compra de computadores”, afirmou Mikako.
Ainda de acordo com a IDC, o mercado continuará a enfrentar desafios ao longos dos próximos anos, já que a concorrência com smartphones e tablets aumenta.
Apesar desse cenário de declínio, a previsão para 2016, de acordo com Loren Loverde, vice-presidente de monitoramento mundial de PCs da IDC, é de que a maioria dos usuários continuem a comprar PCs motivados pelo lançamento de novos produtos e preços mais atraentes.
A previsão do Gartner para 2016 é de um declínio 1% menor que o registrado para 2015, com potencial de recuperação branda para o fim do ano. De acordo com Mikako, o mercado de PCs está no meio de uma mudança estrutural que deve resultar na redução da base instalada de máquinas nos próximos anos.