O setor de manufatura e produção teve a maior média de pagamento de resgate em ataques ransomware em todos os segmentos, apresentando um valor médio de US$2.036.189, contra a média geral de US$812.360, de acordo com o estudo “The State of Ransomware in Manufacturing and Production” realizado pela Sophos.
Além disso, 66% das organizações deste grupo relataram um aumento na complexidade dos ataques cibernéticos e 61% reportaram crescimento no volume desses incidentes, comparado a dados do ano anterior.
“A manufatura é um setor atraente para os cibercriminosos por conta da posição privilegiada que ocupa na cadeia de abastecimento. A infraestrutura ultrapassada e a falta de visibilidade no ambiente de tecnologia operacional (OT) proporciona aos criminosos uma maneira fácil de invadir e um ponto de partida para ataques dentro de redes comprometidas. A convergência entre a TI e OT potencializa as possibilidades de ataque e contribui para um ambiente de ameaça já bastante complexo”, comenta John Shier, conselheiro de segurança sênior da Sophos.
Segundo o executivo, embora ter backups confiáveis seja uma parte importante da recuperação, a ameaça de ransomware requer um plano de respostas detalhado que inclua um monitoramento liderado por humanos. Ataques complexos requerem proteção abrangente que, para muitas organizações, incluirá a adição de equipes de detecção e resposta gerenciada (MDR) treinadas para detectar e neutralizar invasores ativos.
Embora o setor de manufatura tenha a maior média de pagamento de ransomware, de acordo com o documento, a porcentagem de organizações que realmente pagaram o resgate ficou entre as mais baixas dos setores pesquisados – 33% contra 46% da média intersetorial.
De acordo com o relatório, a indústria de manufatura teve a menor taxa de ataques, juntamente com instituições do setor financeiro, no qual apenas 55% das organizações pesquisadas foram alvos de ransomware.
Entretanto, a porcentagem de empresas de manufatura e produção afetadas por ataques ransomware aumentou para 52% em relação ao relatório do ano anterior (36%). O setor também teve a menor taxa de criptografia – 57%, contra 65% da média intersetorial.
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