Manufatura avançada: o que é como se preparar para ela?

Para estruturar a mudança do processo fabril, planejamento é fundamental, alerta Schneider Electric

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9:10 am - 09 de março de 2018

4ª Revolução Industrial, Indústria 4.0, Manufatura Avançada IIoT (Industrial Internet of Things), Indústria do Futuro e Smart Manufacturing. Mesmo com tantas nomenclaturas, o conceito é um só: a digitalização dos processos industriais, que permite a comunicação entre máquinas e inteligência, resultando em análises precisas e aumento da eficiência para toda a cadeia de produção e sutentabilidade do negócio.

A implantação do modelo que ganhou força global a partir de 2010 pode ser considerada recente no Brasil. “Tem aproximadamente cinco anos que IIoT vem sendo estudada e aplicada por aqui. As indústrias mais pesadas, como as de petróleo, celulose e indústria química, são pioneiras e utilizam esse tipo de tecnologia há algum tempo”, explica Cristiano dos Anjos, vice-presidente de Industry Business da Schneider Electric.

Como aderir?

Apesar de, no país, a IIoT ainda estar sendo aplicada por grandes grupos, pequenas e médias empresas começam a olhar para essa nova forma de produzir. Segundo o executivo, para que cada vez mais companhias passem a fazer parte desse modelo industrial, é importante se planejar. “O ponto principal para quem quer se preparar para IIoT é começar com um estudo do que ele tem hoje, porque existe um ‘mito’ de que tem que trocar todos os equipamentos e colocar novos; isso não é verdade. O mais importante é começar com um plano, estabelecer o que se espera e pensar: ‘o que eu tenho hoje?’, ‘aonde eu quero chegar?’”, afirma.

A estratégia funciona mais ou menos como um mapa. “Costumo dar o exemplo do aplicativo de rotas. Estabeleço onde estou e aonde quero chegar. Mas, às vezes, o trajeto muda no meio do caminho para que eu possa obter o melhor resultado. Conforme vou estudando o que tenho hoje e fazendo meu plano de investimento, terei uma resposta lá na frente. Mas sem saber onde estou e aonde quero chegar, não importa se a empresa é grande ou pequena, ela não conseguirá perceber os benefício da digitalização”, completa o vice-presidente.

Tecnologia

As tecnologias que compõe a IIoT envolvem o maquinário e processos do chão de fábrica interligados a sensores, hardware de controle e softwares. “O processo é composto por toda a parte de produtos possíveis de serem conectados, uma camada intermediária na qual é feito o controle de máquinas e uma camada superior de analytics e otimização – em que são utilizados todos os dados obtidos na produção fabril, gerando análise, valor e informações para tomada de decisão. Outro ponto muito importante que também deve ser endereçado no tema é a questão de cyber security. Muitas pessoas pensam nisso só para as camadas de software e computadores, mas tem que proteger também o chão de fábrica, pois ele estará conectado a tudo digitalmente”, conclui dos Anjos.

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