Mais de 90% das vagas em TI no Brasil são remotas

Segundo GeekHunter, emprego na área de tecnologia cresceu 136% em 2021. Para 2022, devem ser criadas 15 mil novas vagas

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11:15 am - 19 de abril de 2022

O número de vagas abertas no setor de tecnologia em 2021 registrou salto de 136% em comparação com o ano anterior, indicou levantamento feito pela startup de recrutamento GeekHunter. Segundo o relatório, dessas vagas, mais de 90% eram para trabalho remoto. Já as contratações efetivadas tiveram acréscimo de 182%.

A contratação para posições em tecnologia não mostra sinais de desaceleração para este ano. Ao avaliar sua base, a GeekHunter estima que mais de 15 mil novas vagas serão abertas ao longo de 2022.

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“Hoje, empresas tradicionais e diversas áreas como marketing e vendas, cujo core business não é o de tecnologia, ampliaram suas demandas e também enxergam a necessidade de ter desenvolvedores em suas equipes para suportar sua transformação digital. Ou seja, os profissionais de TI que antes eram praticamente restritos a empresas de tecnologia, passaram a ser ainda mais buscados por outros setores, criando ainda mais demanda”, afirma Tomás Ferrari, CEO e fundador da GeekHunter.

Salários aquecidos

A alta demanda de profissionais em TI também refletiu em melhores salários no setor. Segundo a GeekHunter, as pessoas desenvolvedoras especializadas em Back-end tiveram o maior aumento na média mensal em 2021, que foi de 10,03%, com salários que passam dos R$ 7,7 mil. Full Stack vem em seguida, com aumento de 8,67%, Mobile com 5,58%, ciência de dados com 3,25% e Front-end 2,83%.

Os salários que já registram maior alta em 2022 são para os profissionais mobile. A média salarial passou de R$ 7,5 mil em 2021 para R$ 10,1 mil nos primeiros meses deste ano, uma alta de quase 34%.

Vagas remotas e demanda por inglês

A pesquisa destaca o aumento de vagas em modalidade home office. Se em 2021, mais de 90% das oportunidades abertas foram para trabalho remoto, em 2019, a média de vagas que aceitavam home office era de apenas 25%.

Outro levantamento feito pela GeekHunter com mais de 700 profissionais, mostrou que 55% deles pediriam demissão caso a empresa não mantivesse a modalidade a distância, adotado em grande escala com a pandemia.

“O trabalho remoto já não é uma questão de escolha das empresas, é uma escolha dos candidatos. Se a empresa não se adapta a esse novo cenário, ela eleva o seu desafio de atrair grandes talentos e fica limitada a um pequeno público que está disponível para vagas presenciais. O modelo remoto também amplia as chances de encontrar bons profissionais independentemente do local de atuação”, diz Ferrari.

Com a possibilidade de trabalhar remotamente, a GeekHunter também observou uma crescente demanda por pessoas com domínio de inglês, níveis intermediário e fluente. “Com o home office, as oportunidades para trabalhar no exterior também se ampliaram e, por isso, o inglês é algo fundamental”, destaca.

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