Mais de 66 mil sites e anúncios ilegais foram derrubados em 2019
A ABES não considera, porém, o aumento como um número final, já que ainda faltam dados do último trimestre
De acordo com dados da Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) referentes ao terceiro trimestre de 2019, 20.753 conteúdos ilegais foram removidos. O número representa uma queda de 8,5% em comparação com o mesmo período de 2018.
Porém, analisando o período de janeiro a setembro, houve aumento de 4%, ultrapassando a marca de 66 mil conteúdos ilegais removidos da internet. A ABES faz esse tipo de monitoramento desde 2005, rastreando ofertas irregulares de programas de softwares de seus associados.
O relatório indica que 19 websites foram retirados do ar no trimestre, contra 20 no mesmo período do ano passado. Os anúncios removidos tiveram aumento de 7%, passando de 11,9 mil para 12,8 mil.
Na quantidade de conteúdos derrubados no terceiro trimestre deste ano, houve uma queda de 33,7%: de 10.543 em 2018 para 7.882 neste ano.
A ABES conta com o Setor de Monitoramento da Internet, responsável por rastrear “a existência de ofertas irregulares referentes aos programas de software das empresas afiliadas”, e então faz essa limpa, removendo-os da internet, como explica Rodolfo Fücher, presidente da ABES.
Trabalho árduo
Mas o trabalho não é dos mais fáceis. Fücher explica que são mais de 2 mil empresas representadas, logo “alguns dos conteúdos ilegais podem passar despercebidos pelo serviço”.
No Mercado Livre, por exemplo, a ABES é membro do sistema PPPI (Programa de Proteção à Privacidade Intelectual). Assim, consegue “identificar e denunciar diversos produtos piratas de uma só vez”. A remoção dos anúncios é feita, normalmente, em até 24 horas.
Comparando a quantidade de anúncios derrubados de janeiro a setembro com o ano anterior, o volume aumentou 14,5%, indo de 33 mil para 38 mil. Já a quantidade de websites derrubados subiu 18,4%, de 53 para 65. Considerando o cenário de número de links, o volume caiu 11%.
Fücher ainda cita que a ABES não encara o crescimento “como um resultado final”, já que ainda faltam dados do último trimestre. Ele cita que, “independentemente do resultado final, continuaremos a realizar o serviço de monitoramento, proativamente e diariamente”.