Mais da metade da população brasileira já usou o Pix

Estudo do Ebanx indica que pagamento instantâneo superou penetração do cartão de crédito e cresce a uma taxa mensal de 40%

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8:25 pm - 29 de abril de 2022
Imagem: Shutterstock

Em pouco mais de um ano de existência, o Pix, método de pagamento instantâneo do Banco Central, já foi usado por mais da metade da população brasileira – uma penetração maior que a de cartões de crédito, revelou o estudo “Beyond Borders” do Ebanx, fintech de pagamentos.

Na análise do estudo, métodos como o Pix e as e-wallets abriram caminho para uma grande mudança no mercado digital da América Latina, com mais de 150 milhões de pessoas comprando online pela primeira vez ao longo dos últimos dois anos. Na região, o e-commerce deve crescer 31% ao ano até 2025, uma aceleração comparável a dos mercados asiáticos.

“Os pagamentos instantâneos e as carteiras digitais são alguns dos métodos mais eficientes para gerar inclusão financeira e permitir que milhões de latino-americanos tivessem acesso a bens e serviços digitais”, afirma Paula Bellizia, presidente de pagamentos globais da empresa. “A ascensão dessa nova ‘economia instantânea’ é peça chave para que empresas de todo o mundo acessem o enorme potencial do mercado latino-americano e aumentem sua fatia neste bolo.”

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Segundo o Ebanx, o Pix cresce a uma taxa de cerca de 40% ao mês dentro de sua base de clientes. A maioria dos brasileiros que usam o Pix são consumidores online de primeira viagem: 62% dos usuários do Ebanx que pagaram com o Pix não haviam feito nenhuma compra naquele site ou aplicativo no último ano. Essas transações representaram 40% de todo o volume Pix para as empresas que usam o Ebanx — e um aumento de 20% nas vendas em geral.

“O Pix democratiza o acesso ao e-commerce e traz mais gente para a mesa. Pessoas que não tinham cartão de crédito, por exemplo, ou empreendedores que não tinham maquininha, agora podem receber pagamentos rapidamente pelo Pix”, comenta Erika Daguani, VP de produto do Ebanx.

Open Banking

Segundo o estudo do Ebanx, o Brasil continua a liderar a regulamentação do open banking na América Latina, enquanto países como México e Colômbia preparam sua implementação para o final de 2022.

Com o open banking, usuários poderão escolher entre produtos e serviços de vários bancos e fintechs, tudo em um único ambiente. “As empresas terão que investir ainda mais na experiência e satisfação do cliente, que é exatamente o que os reguladores querem. Se você quer manter o seu cliente, precisa prestar um bom serviço”, afirma Wagner Ruiz, cofundador e CRO (Chief Risk Officer) do EBANX.

Ainda segundo a pesquisa, o e-commerce cross-border, entre países da região, tem demonstrado crescimento acelerado. As compras internacionais online na América Latina movimentarão cerca de US$ 45 bilhões em 2022. Espera-se que sua taxa de crescimento anual atinja 35% até 2025 — acima do crescimento geral de 31% na região. O interesse de players internacionais na região, além da retomada do setor de turismo, deve impulsionar esse mercado.

Em alguns países da América Latina, como México, Colômbia e Chile, as vendas online internacionais crescem bem acima do e-commerce doméstico, puxando o mercado como um todo.

“É, sem dúvida, uma grande oportunidade para empresas globais que desejam expandir para a América Latina”, disse Bellizia.

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