Maioria dos usuários está disposta a compartilhar dados pessoais em troca de dinheiro

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6:10 pm - 04 de abril de 2016
Maioria dos usuários está disposta a compartilhar dados pessoais em troca de dinheiro
A maioria dos usuários (61%) no mundo está disposta a compartilhar dados pessoais com empresas de casas inteligentes em troca de dinheiro. Além disso, 70% dos entrevistados acreditam que as companhias deveriam oferecer cupons e descontos a clientes em troca de dados sobre a utilização de dispositivos. Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pela Intel Security.
Ainda de acordo com o levantamento, a geração do século 21 se sente mais confortável em receber dinheiro, descontos e cupons em troca do compartilhamento de seus dados comportamentais por meio de dispositivos de smart homes (72% dinheiro, 44% descontos e 29% cupons).
A pesquisa também constatou que 77% dos participantes acreditam que as smart homes serão tão comuns em 2025 quanto os smartphones são hoje. No Brasil, esse número chega a 46%.
Para os brasileiros, o maior benefício de viver em uma smart home seria: ter mais tempo de qualidade com a família (67%), mais tempo para si mesmo (54%), mais tempo para viajar (37%), mais tempo com os amigos (36%), mais tempo com os filhos (36%) e mais tempo para ler (33%).
 
Os entrevistados também acham que os dispositivos inteligentes das smart homes poderiam reduzir as tarefas domésticas como limpar, cozinhar e lavar roupas (63%), reduzir gastos com artigos para o lar (53%), as dívidas das famílias (44%), as incumbências domésticas como compras de supermercado (43%) e até reduzir as brigas com vizinhos (20%).
Sobre quais despesas, a maioria espera poder reduzir contas de gás e de energia elétrica (65%), contas de água (56%), contas de aquecimento ou resfriamento (52%), contas de internet e cabo (50%), vazamento de água e danos causados por inundações (49%) e também obter redução na emissão de monóxido de carbono e danos do fumo (37%).
Apesar das facilidades, muitos usuários ainda se preocupam com a segurança de suas informações, com 92% dos entrevistados expressando preocupação com a possibilidade de seus dados pessoais serem acessados por cibercriminosos. Ainda assim, como prova da segurança inovadora, quase o mesmo número de participantes (89%) disse que optaria por proteger todos os dispositivos inteligentes por meio de um único pacote de segurança integrado.
“A pesquisa mostra que as pessoas estão dispostas a compartilhar dados por um preço, mas ainda estão compreensivelmente preocupadas com as ameaças cibernéticas. A segurança precisa ser essencial para a internet das coisas e quando utilizada corretamente poderá ser uma facilitadora da IoT”, afirma Steve Grobman, diretor de tecnologia da Intel Security. O executivo completa que as smart homes e os dados associados a elas têm a capacidade de aprimorar o cotidiano dos consumidores.
Segurança dos dados 
Os consumidores mostraram-se menos entusiasmados sobre os métodos de segurança existentes, como senhas, com 4 em cada 10 participantes prevendo que essas combinações serão insatisfatórias nas smart homes e 3/4 (75%) receosos sobre o número de senhas necessárias para gerenciar as casas inteligentes.
No entanto, a biometria obteve um bom desempenho como alternativa para acessar as smart homes. Quando questionados para escolher diversas formas preferenciais de segurança biométrica, 54% optou por impressão digital, 46% reconhecimento de voz e 42% escaneamento de olhos.
Para proteger a sua casa no futuro, os entrevistados acreditam que usarão fatores como sensores inteligentes (62%), reconhecimento de voz de (59%), impressões digitais (57%), escaneamento de retina (55%), chamadas automáticas para os serviços de emergência (53%), senha digitada (37%), chave ou cartão de acesso (32%), quartos do pânico (29%), segurança robotizada (29%), código padrão de (22%) e batimento cardíaco (19%).
A pesquisa “Internet of Things and the Smart Home”, divulgada pela Intel Security, entrevistou 9 mil pessoas de nove países: Austrália, Brasil, Canadá, França, Alemanha, Índia, México, Reino Unido e Estados Unidos.
 
No Brasil, foram entrevistadas mil pessoas, sendo 50% homens, 50% mulheres, 30% de 18 a 33 anos, 30% de 34 a 49 anos, 38% de 50 a 68 anos e 2% acima de 69 anos.

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