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M-payment e programas de fidelidade estão entre principais focos da indústria de pagamentos

A evolução do mercado de pagamentos é inegável. Dos cartões de tarja, para chips e, agora, a possibilidade de realizar transações com qualquer dispositivo móvel é o caminho por onde a indústria está seguindo atualmente – e que não tem volta. 

“Esse mundo novo digital está transformando todos aspectos da vida, gerando disrupções no dia a dia e mudando a forma como nos relacionamos uns com os outros e com a indústria”, observa Edlayne Altheman, responsável pela prática de estratégia de serviços financeiros da Accenture, completando que os meios de pagamento são uma das vertentes mais impactadas. A executiva se apresentou nesta quarta-feira (15/6), durante o Congresso Cards, Payment & Identification, que vai até dia 17 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo.

Ela usou como exemplo da revolução – e das possibilidades – que os meios de pagamento estão passando o aplicativo do Starbucks, que permite que a compra seja feita antes de o consumidor chegar à loja e, quando de fato chega, já está com o pedido esperando por ele. “Cerca de 22% das transações [da cafeteria] são feitas por meio do app”, aponta Edlayne.

Durante a apresentação, a executiva também traçou um perfil do comprador de hoje e a mudança de comportamento que ele experimentou nos últimos tempos – a começar pela impaciência. “[O consumidor digital] é bastante impaciente e nota-se isso, inclusive, em sites de e-commerce, em que podemos verificar alto índice de abandono de carrinhos”, comenta Edlayne.

Além disso, continua, o consumidor digital é altamente antenado, utiliza o celular para obter informações no momento da compra, está socialmente conectado e, por ter essas facilidades de conseguir informações e interação com as mais diversas pessoas, ele acredita muito na opinião de outros consumidores.

Seguindo essa modificação, três tendências se destacam, de acordo com Edlayne. Confira:

1. Consolidação do mercado de mobile payment
Uma pesquisa recente realizada pela Accenture mostra que 50% dos consumidores já possuem conhecimento sobre esse tipo de pagamento. Isso é especialmente interessante se considerado que, no passado, conta a executiva, pagamentos por dispositivos móveis era algo que acreditava-se que não atingiria massa crítica para decolar. “Esse é um momento importante”, comenta.

Dentre os segmentos de consumidores que estão mais propensos a fazer transações por meio mobile são millennials (23%), e consumidores com alta renda (38%). “[Os pagamentos móveis] devem evoluir e ir além da transação em si, atingindo o ecossistema como um todo para trazer valor agregado”, observa Edlayne. A executiva também afirma que, no futuro, carteiras virtuais serão padronizadas com protocolo único e todos os consumidores poderão utilizá-las, como aconteceu com o cartão de crédito.

2. Valorização dos programas de fidelidade
O desejo por gratificação instantânea do consumidor irá impulsionar o surgimento de programas de fidelidade, que dão algum tipo de benefício para o cliente, trazendo valor para o ecossistema. De acordo com pesquisa da Accenture, um dos pontos questionados foi exatamente o que levaria consumidores a comprar mais. A grande maioria (79%) que usa pagamentos móveis afirmou que compraria ainda mais se tivesse algum tipo de recompensa, e 53% passariam a realizar transações móveis se tivessem benefícios.

Para Edlayne, os programas devem oferecer nova experiência de compra, “integrando o programa ao ciclo de compra”, aponta. Isso significa, por exemplo, que um consumidor poderá receber dentro da loja sugestões de produtos que foram previamente identificados como de sua preferência. “Os players que conseguirem montar um programa e se consolidar nesse sentido serão bem-sucedidos”, afirma.

3. A realidade das moedas virtuais
Mais importante da moeda em si são os protocolos que surgiram por conta desse dinheiro virtual, de acordo com Edlayne. “O blockchain, por exemplo, que é a tecnologia por trás do bitcoin, trará grande transformação para o mercado”, observa, complementando que a previsão é de que sejam realizadas 200 mil transações por dia com a moeda. A executiva também complementa que grandes players já estão explorando o uso de blockchain para inovar, mas ainda há muito a ser feito.

Outro ponto ressaltado por Edlayne, com respaldo da pesquisa, é o uso de sistemas de pagamento pear-to-pear (P2P), que já possui 15% de usuários regulares e 56% dos entrevistados já afirmam ter usado aplicativos desse P2P para pagamentos. “Isso também já é uma realidade”, completa a executiva.

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