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LGPD: 69% das empresas não têm políticas de proteção de dados

Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) totalmente em vigor desde domingo (1º), uma série de pesquisas sobre a adoção começam a ser divulgadas. A última delas, feita pela RD Station em parceria com a Manar e a Eduardo Dorfmann Aranovich e Cia Advogados, diz que a adequação ainda é desafio para a maioria das empresas no Brasil.

A pesquisa apontou que as empresas conhecem a LGPD, mas ainda têm dúvidas sobre os principais objetivos e a melhor forma de fazer as adequações necessárias. Quase sete em dez (69%) respondentes não implementaram políticas de proteção aos dados dos clientes, etapa considerada básica e de extrema importância para seguir os padrões determinados pela LGPD.

Outro dado alarmante é que 22% das empresas não adotaram medidas de segurança referentes às informações pessoais dos clientes. O levantamento foi realizado entre janeiro e abril de 2021 e ouviu 997 participantes, 60% deles microempresas.

“O que podemos perceber com a pesquisa é que as companhias têm o conhecimento da existência da lei, mas questões estruturais, como ausência de capital para investir nos processos, falta de profissionais qualificados e definições sobre quais áreas e pessoas são responsáveis acabam retardando a implementação nas empresas”, diz Fernanda Nones, Data Protection Officer (DPO) da RD Station.

Conhecimento em alta

A LGPD regulamenta tanto o acesso do cidadão aos seus dados pessoais como a necessidade de as empresas guardá-los em segurança. Também prevê responsabilidades total por eventuais vazamentos e roubos de dados, que podem inclusive ser punidos em até R$ 50 milhões por infração.

A pesquisa diz que a complexidade das medidas e ausência de pessoas especializadas com o conhecimento necessário são a principal dificuldade das empresas ouvidas para implementar as regras impostas pela lei. No entanto elas se mostram mais estruturadas no que diz respeito às adequações exigidas pela lei.

Cerca de 18% das grandes organizações afirmam ter formado grupos de trabalho com colaboradores de diferentes áreas. Entre as microempresas, aproximadamente 15% ainda não possuem departamentos ou colaboradores dedicados.

“Apesar das dificuldades, o estudo traz uma perspectiva otimista em relação ao futuro da LGPD no Brasil, pois percebemos que as empresas já têm conhecimento sobre a lei e acreditam que ela traz um impacto positivo para os negócios”, diz Fernanda.

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