Largue o osso: os principais desafios na mudança de perfil do CIO

Diante das transformações do mundo tecnológico, entenda como o profissional de TI deve atuar

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10:17 am - 24 de julho de 2018
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A Transformação Digital vem modificando as estratégias e rotinas das empresas. Nesse contexto, a tecnologia passa a ser o trunfo central das corporações, como um verdadeiro elemento de competitividade. Com a própria evolução dos processos das áreas de TI e o surgimento de inovações que reduzem o peso operacional (por exemplo, a adoção de serviços e sistemas na nuvem, chatbots etc), este passa, gradativamente, a assumir outro papel que é o de alavancar modelos de negócio e promover a inovação.

Essa mudança passa pelo perfil do CIO, que antes assumia um perfil quase inteiramente operacional, e agora se vê diante de um cenário no qual precisa se reinventar e adquirir novas habilidades. Seu papel agora é muito mais sentar na “cadeira do negócio”, não somente como prestador de serviço, mas como agente de mudança.

Não à toa, de acordo com levantamento realizado pela Gartner, até 2021, 40% dos esforços de TI terão de ser direcionados para papéis múltiplos, não se concentrando somente em tecnologia, mas sim nos objetivos do negócio.

CIO pensando

Novas habilidades e a importância da governança
Apesar de agora assumir um papel muito mais estratégico, o CIO continua como o principal responsável pelas operações de TI perante a companhia. Logo, ele deve ser capaz de equilibrar o dia a dia com os investimentos de transformação. E para que ele seja bem-sucedido em assumir este último papel, não pode abrir mão de um time de liderança à frente das operações, que lhe assegure a governança e visibilidade.

Para “manter as rédeas” da operação, sem estar diretamente envolvido no dia a dia dela, o CIO não pode negligenciar a importância da governança, buscando ampliar a maturidade dos seus processos, fortalecer as rotinas de comunicação e estabelecer controles que assegurem a qualidade das informações gerenciais.

Por meio da delegação responsável ao time de operações, assegurada por um modelo de governança e gestão, o CIO será capaz de “largar o osso” do dia a dia e olhar para o futuro.

Ao empoderar sua equipe para a condução do dia a dia, ele pode concentrar-se em adquirir habilidades que lhe possibilitem ampliar sua visão estratégica, tornando-se peça-chave e indispensável do contexto de inovação.


(*) Michael Cardoso é cofundador, sócio e atual diretor de operações da JExperts

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