Kyndryl terá centro de operações de segurança no Brasil

SOC em Hortolândia (SP) será conectado à plataforma global da Kyndryl

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6:24 pm - 18 de junho de 2024
Imagem: Shutterstock

A Kyndryl anunciou nesta terça-feira (18) que expandirá suas operações no Brasil com um novo Centro de Operações de Segurança (SOC) no país. O espaço será inaugurado em agosto, em Hortolândia (SP), e abrigará mais de 20 especialistas da empresa para fornecer suporte e proteção para todo o ciclo de vida de ameaças cibernéticas.

“Esse centro de operações de segurança é um investimento que estamos fazendo no Brasil para atender aos clientes do Brasil. Nós temos vários SOCs pelo mundo, mas esse, especificamente, estamos criando para atender aos clientes brasileiros com todas as particularidades e desafios que temos aqui”, afirmou Maurício Suga, líder das Práticas de Segurança & Resiliência e Network & Edge da Kyndryl Brasil.

O SOC “satélite” da Kyndryl é o primeiro do tipo na América Latina, mas há planos de hospedar outras estruturas do tipo em outros países. A estrutura é capaz de entregar serviços de análise de maturidade e consultoria; resposta a incidentes de segurança cibernética e análise forense (CIRF); implementação e modernização de ferramentas de segurança; e gestão de segurança, com atuação como Managed Detection and Response (MDR). Também é parte do SOC o Kyndryl Bridge, plataforma que dá visibilidade ao cliente sobre a saúde de sua infraestrutura de TI.

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Segundo Suga, um dos diferenciais do espaço é sua abordagem de Security Operation as a Platform (SOaaP), o que significa que o SOC se conecta à infraestrutura global de segurança da companhia. Com isso, a rede mundial de SOCs da Kyndryl permite que a infraestrutura no Brasil mantenha seus sistemas atualizados em tempo real, conforme novos eventos de ataques cibernéticos são identificados ao redor do globo, permitindo detecção e resposta ativas junto aos clientes.

“Essa integração é uma via de duas mãos. Todo o trabalho que a gente faz aqui no Brasil também alimenta o SOaaP e nossas plataformas globais. O Brasil é um dos países no mundo que mais alimentam o Kyndryl Bridge, o que faz com que as outras geografias também se beneficiem do nosso conhecimento”, pontuou Suga.

O espaço deve iniciar sua operação no Brasil com os clientes globais da Kyndryl, mas a companhia diz já estar em fase de prospecção de clientes brasileiros. Não há uma só área de interesse em termos de tamanho de clientes que a organização busca com a infraestrutura, e novos clientes do SOC também não têm pré-requisitos de adoção de outras ofertas da Kyndryl. “É muito modular”, anotou o líder de segurança.

A aposta da Kyndryl é que a estrutura também ajudará a alavancar seus negócios a partir do movimento de consolidação de provedores que deve ocorrer no mercado de segurança nos próximos anos. “Quanto maior a quantidade de nichos dentro das empresas, maior a quantidade de brechas que os atacantes acabam explorando”, finalizou.

Mercado estratégico

Para Spencer Gracias, que assumiu o posto de diretor-geral da Kyndryl no Brasil no início de junho, a inauguração do SOC representa um novo capítulo para a operação da companhia no país. Após dois anos do spin-off da IBM e estruturação dos times locais, a organização se prepara para uma nova fase de trabalho junto aos clientes.

“É um capítulo de crescimento, expansão e modernização”, disse. “Nesta fase, cada vez mais, nos aproximarmos dos nossos clientes para tornarmo-nos parceiros de negócio e consultores de negócio.”

O Brasil está no grupo dos chamados “strategic markets” da Kyndryl, que reúne cerca de 40 países espalhados pela Europa, Ásia, Oriente Médio e América Latina, que representam oportunidades de crescimento para a companhia. A divisão é gerida por Xerxes Cooper, presidente de Strategic Markets, que esteve no Brasil para o anúncio da companhia.

Cooper pontuou que empresas do Brasil, assim como os outros países que pertencem à unidade que lidera, estão focadas principalmente em quatro áreas de interesse: modernização, inovação, habilidades e segurança.

“Conforme os clientes pensam sobre seus objetivos para a experiência do cliente, os objetivos para a experiência dos funcionários e na transformação de seus negócios, eles precisam modernizar suas infraestruturas legadas”, disse.

Enquanto o novo SOC da companhia no Brasil é uma resposta às demandas de cibersegurança do mercado nacional, há outras demandas específicas que têm movimentado os negócios da Kyndryl. Uma delas, curiosamente, é o mercado de mainframe brasileiro.

“Modernização é a grande prioridade que escutamos dos nossos clientes”, disse Gracias, diretor-geral da empresa no Brasil. “O Brasil é um centro de excelência em mainframe. Nós temos um centro de excelência em mainframe aqui que é modelo para o mundo todo. Nós não só cuidamos dos profissionais de mainframe da velha guarda, mas criamos um roadmap de educação e continuamos formando profissionais na plataforma de mainframe.”

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Rafael Romer

Rafael Romer é repórter do IT Forum. É bacharel em Comunicação Social – Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Tem mais de 12 anos de experiência na cobertura dos segmentos de TI, tecnologia e games, com passagens pelo Olhar Digital, Canaltech, Omelete Company, Trip Editora e IG.

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