Itaú Unibanco acelera desenvolvimento de código com copiloto de IA
Thiago Charnet, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco, falou sobre impacto do Copilot do GitHub e do Microsoft 365 no negócio da empresa
O Itaú Unibanco, maior banco privado do Brasil, está em uma jornada de transformação digital. A modernização da instituição já é um processo de mais de uma década, mas se intensificou a partir de 2018, quando a companhia começou a migração de seus ambientes para a nuvem.
Agora, a empresa mira em trazer inteligência artificial (IA) para seus engenheiros de software para continuar seu processo de transformação. Durante o Microsoft AI Tour, realizado nesta quinta-feira (21), em São Paulo, Thiago Charnet, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco, deu detalhes sobre a estratégia.
O banco começou a implementação do GitHub Copilot, assistente de programação alimentado por IA, há um ano e se surpreendeu com a receptividade da plataforma por seus times de tecnologia. “Nós geralmente impomos o suporte de ferramenta através de políticas. Mas não fizemos isso com o Copilot, o deixamos crescer organicamente”, contou o diretor de Tecnologia. “Nos primeiros 30 dias já tínhamos 3 mil usuários. Hoje, são 6 mil usuários”. Segundo Judson Althoff, vice-presidente executivo e CCO da Microsoft, também presente no painel, o Itaú Unibanco já é hoje o terceiro maior usuário do GitHub Copilot no mundo.
O GitHub Copilot integra a capacidade de sugerir trechos de código, acelerando de desenvolvimento de código através de ações preditivas e sugestões contextuais. Segundo o executivo, o uso da ferramenta já tem reduzido o tempo necessário de codificação dos times de desenvolvimento – especialmente para códigos mais simples –, o que tem aproximado essas equipes do negócio.
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A empresa já tem mais de um milhão de linhas de código entregues pelo GitHub Copilot que, de acordo com Charnet, resultaram em melhorias de produtividade, ganhos de velocidade e qualidade de código. “O que nós observamos é que os desenvolvedores estão se sentindo mais confiantes e empoderados.”, pontuou. “Ainda é o começo, mas já estamos felizes com o que já conseguimos fazer”.
Além do GitHub Copilot, o Itaú Unibanco também começou, há seis meses, um programa piloto do Copilot para Microsoft 365, que tem apoiado times de negócios em sua atuação cotidiana. “Nós mapeamos 350 casos de uso para o Copilot do Microsoft 365. Eles já estão acontecendo e pessoas estão pedindo mais licenças”, disse.
Um dos casos de uso aplicados pela organização é para maior inclusividade no ambiente de trabalho. Funcionários que são pessoas com deficiências (PCDs) do banco têm utilizado a ferramenta para criação de conteúdo e resumos de reuniões. “Nós valorizamos muito esse tipo de iniciativa”, disse.
Outro caso de uso foi na avaliação executiva promovida pelo banco neste ano. A instituição utilizou a plataforma Teams para realizar as reuniões e entrevistas de performance. As reuniões foram transcritas usando IA e, em seguida, resumidas pelo Copilot – que também ajudou na redação dos relatórios “Foram quase mil pessoas envolvidas nesse processo. Nos economizou muito tempo”, afirmou.
Além das ações já existentes, o banco ainda espera desenvolver novas iniciativas utilizando IA generativa. Uma das áreas que deve ser explorada é a de soluções voltadas para clientes do banco. “Nós estamos ganhando confiança para casos de conversacionais voltados para o cliente”, disse.
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