O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta terça-feira (31), um panorama sobre trabalho remoto durante a pandemia de Covid-19 nos diversos estados brasileiros. O estudo levou em conta as médias para o ano passado obtidas por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Covid-19, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2020, o população ocupada e não afastada somava 74 milhões de pessoas no país, sendo que 8,2 milhões (11%) trabalharam remotamente. O Estado com maior volume de pessoas em trabalho remoto foi São Paulo, com 2,9 milhões de pessoas, seguido por Rio de Janeiro, com 1,1 milhão, e Minas Gerais, com 700 mil profissionais. Enquanto isso, os menores índices foram registrados em Amapá (16 mil), Acre (14 mil) e Roraima (13 mil).
Em resumo, o mapeamento destaca que o trabalho remoto foi adotado de diversas proporções nos estados brasileiros. Se no Distrito Federal 23,6% dos trabalhadores (pessoas ocupadas e não afastada) realizaram as atividades laborais remotamente ao longo do ano passado, no Pará esse percentual foi de apenas 3,5%.
Quanto à diferença entre o percentual de pessoas em trabalho remoto de cada unidade federativa e a média Brasil, apenas três estados e o Distrito Federal apresentaram resultados acima da média nacional: DF (+12,6 p.p.), Rio de Janeiro (+7,7 p.p.), São Paulo (+4,9 p.p.) e Paraíba (+1,1 p.p.). Por outro lado, Pará (-7,5 p.p.), Mato Grosso (-6,4 p.p.) e Maranhão (-6,1 p.p.) foram os estados com mais de 6 pontos percentuais abaixo da média nacional, com os menores percentuais.
Quanto ao perfil de quem esteve em teletrabalho no ano passado, houve uma representatividade maior de mulheres, pessoas declaradas brancas e com escolaridade de nível superior completo. A proporção é mais heterogênea em alguns estados no que diz respeito à faixa etária (com maioria entre 20 e 49 anos), atividade do trabalhador e serviço público. Mesmo que a maioria das pessoas ocupadas e não afastadas sejam do sexo masculino, a maior parte especificamente em teletrabalho é composta por mulheres.
“Há uma grande heterogeneidade do trabalhador remoto entre os estados brasileiros, o que pode ser reflexo das diferenças estruturais profundas nas economias e nos mercados de trabalho locais”, analisou o pesquisador do Ipea Geraldo Góes, responsável pela nota juntamente com Felipe Martins e José Antônio Sena Nascimento.
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