Investimentos em simulação computacional ganham setor de engenharia no Brasil

Os investimentos em simulação computacional devem tomar boa parte do orçamento das empresas de engenharia no Brasil. Segundo pesquisa da ESSS, mais de 75% das empresas do setor estão dispostas a investir entre 5% e 15% do seu faturamento em simulação computacional com o objetivo de promover melhorias operacionais. Outras 11% pretendem aplicar até um quinto dos lucros no desenvolvimento tecnológico.

A pesquisa ouviu mais de 100 engenheiros, executivos e profissionais de diferentes níveis e empresas de pequeno, médio e grande porte e diferentes setores da engenharia. Além de objetivos de negócios e o percentual de investimento das companhias em tecnologia, o estudo abordou a sustentabilidade para o desenvolvimento da indústria.

Pouco mais da metade das empresas entrevistadas (52,58%) afirmam que irão investir cerca de 5% de seus lucros em investimentos na área computacional. Outros 23,27% dos negócios pretendem investir entre 10% e 15%, enquanto 12,93% e 11,20% devem aplicar, respectivamente, entre 15% a 20% ou mais de 20% do faturamento total da empresa no setor.

A simulação computacional é tida como estratégica para empresas do setor pois promete eficiência e redução nos custos, já que consegue reproduzir o mundo real digitalmente. Com isso, é possível projetar e criar diferentes protótipos antes de implementá-los. A tecnologia também permite prever o comportamento de fenômenos naturais, além de servir de subsídio para pesquisas e no desenvolvimento de produtos para diferentes áreas como, por exemplo, a indústria de eletrodomésticos e eletrônicos.

“Intensificar recursos em tecnologia é uma das maneiras encontradas para acelerar a transformação digital do setor e garantir a sustentabilidade do negócio. Erros nos projetos podem levar as empresas a danos irreversíveis e prejuízos financeiros incalculáveis. O uso da tecnologia tem se tornado cada vez mais comum na indústria, pois ajuda as empresas a evitarem situações como essa, prejudiciais para a operação. Como demonstra a pesquisa, a simulação computacional se revela um grande aliado neste sentido”, aponta Clovis Maliska Jr, CEO da ESSS.

Sustentabilidade

O estudo também buscou investigar a maturidade das empresas em relação às suas ações de sustentabilidade e descobriu que das quase 120 empresas, poucas emitem relatórios sobre sustentabilidade: 16,73% do total e, mesmo assim, não seguem um padrão específico. Outras 64,65% das companhias entrevistadas afirmam não emitir nenhum tipo de relatório de sustentabilidade.

Entretanto, há uma parcela das empresas (18,9%) que afirmam seguir as normas do Global Reporting Initiative (GRI) — a primeira a criar uma estrutura de Relatórios Sustentáveis, além do Sustainability Accounting Standards Board (SASB) e a Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD). Com isso, essas empresas reportam as boas práticas operacionais e seus padrões de sustentabilidade, valores e modelo de governança para toda a sociedade.

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