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Investimento em P&D da indústria salta 33,4% em três anos

O setor industrial brasileiro triplicou o investimento em pesquisa e desenvolvimento entre os anos de 2016 e 2019. Segundo dados do Perfil Setorial da Indústria, nova plataforma lançada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta segunda-feira (7), em três anos o aporte em inovação de processos e produtos cresceu 33,4% – de R$ 12,7 bilhões para R$ 16,9 bilhões, percentual acima dos 11,2% da inflação acumulada no período (IPCA). De cada R$ 100 investidos pelas empresas brasileiras em P&D, R$ 69 vêm da indústria.

Empresas do setor automotivo foram as que mais investiram em pesquisa e desenvolvimento no período: mais de R$ 2,8 bilhões apenas no ano de 2019. Em seguida, vem o setor de químicos, com investimento da ordem de R$ 2,5 bilhões em P&D. Já a indústria de produtos farmoquímicos e farmacêuticos ampliou seus investimentos em 63,9%, na década, passando de R$ 955 milhões para R$ 1,6 bilhão.

Leia também: Número de empresas de tecnologia no Brasil salta 55% em dois anos

Em relação ao PIB industrial, o setor de alimentos é o que tem a maior participação, ocupando uma fatia de 8,25% do total. Em seguida, vem o setor de extração de petróleo e gás natural, que teve 6,6% de participação no PIB industrial.

“Os números não deixam dúvidas quanto à relevância do setor industrial para o Brasil”, ressalta o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “Ele é responsável por 20% do PIB e 20% dos empregos formais no país, 69% das exportações brasileiras de bens e serviços, 69% dos investimentos empresariais em P&D e 33% da arrecadação de tributos federais”, complementa.

Empregos e salários

Em relação aos diferentes setores da indústria, aquele que mais emprega atualmente no Brasil é o de alimentos, com mais de 1,6 milhão de trabalhadores, ou 16,9% do total da força de trabalho da indústria brasileira. Na sequência, aparece o setor de construção de edifícios, com cerca de 820 mil trabalhadores.

Analisando toda a série histórica disponível na plataforma, que vai de 2006 a 2020, o setor que mais aumentou sua força de trabalho, em termos percentuais, foi o de manutenção, reparação e instalação de equipamentos. No período analisado, essa indústria teve 131% de incremento na mão de obra, contratando 115.276 pessoas.

Os profissionais mais bem pagos entre as indústrias analisadas são aqueles que trabalham em extração de petróleo e gás natural. Eles recebem em média R$ 19.375,27 mensais, enquanto os funcionários de atividade de apoio à extração de minerais recebem em média R$ 10.013,60 mensais.

Em número de empresas existentes no Brasil, o setor de construção de edifícios é o que lidera. São mais de 73 mil. Outro gigante em termos de empresas constituídas é o setor de serviços especializados para construção, que tem mais de 66 mil indústrias.

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