Os gastos globais com sistemas de inteligência artificial (AI) e cognitivos manterão a trajetória de crescimento exponencial, segundo previsões da IDC. De acordo com estudo da consultoria, os investimentos chegarão a US$ 77,6 bilhões em 2022, mais que o triplo dos US$ 24 bilhões previstos para 2018. A taxa de crescimento composto (CAGR) para o período de previsão 2017-2022 será de 37,3%.
O fato é que o mundo está de olho na AI e a implementação de maneira ética ganhou nova urgência à medida em que as preocupações globais dos consumidores aumentam o. A transparência sobre a coleta de dados e o uso subsequente entraram no foco principal nos últimos meses, com a questão do GDPR, na Europa. E, agora, a lei geral de proteção de dados – LGPD, no Brasil.
A Sage, multinacional britânica fornecedora de soluções de gerenciamento de negócios na nuvem, divulgou o documento “Construindo uma Economia de Inteligência Artificial Competitiva e Ética”, que aborda questões importantes e não respondidas sobre inteligência artificial. O documento, que possui mais de 3 milhões de clientes em 23 países, foi compilado com a participação de empresas globais e representantes do governo e delineia alguns direcionamentos para empresas e sociedade alavancarem tecnologias baseadas em inteligência artificial de maneira ética, confiável e sustentável.
A Sage listou quatro passos para adotar AI nos negócios:
Introdução da governança corporativa de inteligência artificial e um enquadramento ético para a sua aplicação
As empresas devem desenvolver e rever suas diretrizes, tendo os governos o papel de reguladores para apoiar setores específicos na implementação das melhores práticas.
Desmistificar a AI
Envolver especialistas em ética para explorar como a responsabilidade da IA se aplica em ambições corporativas específicas.
Promover a confiança de colaboradores e empresários na AI
Enquanto as empresas devem manter as suas partes interessadas a par dos seus avanços e objetivos no que respeita ao uso da AI, os governos devem realizar campanhas de sensibilização para reduzir a inibição diante da tecnologia na vida cotidiana.
Integrar AI no desempenho das forças de trabalho
Os departamentos de recursos humanos deverão integrar o uso de dados nos seus processos, de modo a monitorar as exigências do mercado de trabalho e as qualificações dos possíveis futuros empregados. Por parte das administrações, deverá assegurar-se que os jovens terminem a sua formação com o conhecimento e capacidades suficientes em matéria de inteligência artificial que lhes permitam uma integração competitiva no mercado de trabalho.
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