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Intel lança programa para impulsionar design de computação pessoal no Brasil

Com o objetivo desenvolver pesquisa e manufatura de design no Brasil e ampliar a colaboração com fabricantes locais, a Intel lança nesta quarta-feira (24) um programa de capacitação de centros de designs. O projeto, revelado durante o evento de inovação da companhia que acontece ao longo da semana em São Paulo (SP), faz parte do plano de investimento de R$ 300 milhões em pesquisa e desenvolvimento que serão injetados no País em cinco anos, anunciado em 2013. 

A proposta é incentivar a produção de sistemas de referência para computação pessoal com arquitetura Intel para adoção no mercado brasileiro, diminuindo a dependência do mercado asiático – hoje responsável por 95% dos designs de computação pessoal mundial.
“Atualmente, a maioria dos designs vem da China. A capacitação das designs houses no Brasil permitirá a evolução do ecossistema brasileiro e melhoria do tempo e da conectividade de interação entre fabricantes e projetistas”, acrescentou Fernando Martins, presidente e diretor-geral da Intel no Brasil.
As duas primeiras design houses já foram escolhidas pela Intel – o Senai-Cimatec, a Bahia, e o Instituto de Pesquisas Eldorado, com unidades no Distrito Federal, São Paulo e Rio Grande – e começam a ser capacitadas em 2015. A companhia pretende trabalhar ao todo com sete centros dentro do programa, selecionados a partir de análise de trinta centros distribuídos pelo País. Inicialmente, o foco será pesquisa e desenvolvimento de designs para, então, possibilitar maior colaboração com fabricantes locais para a criação de produtos em linha às demandas locais.
Durante o evento, o executivo enfatizou que a iniciativa não se trata de um programa de investimento financeiro e, sim, de transferência de conhecimento sobre tecnologias, por meio do qual membros dos centros receberão treinamentos, inclusive na Ásia, para desenho de sistemas, validação, debug e capacitação para processo de manufatura em plataformas Intel. A companhia também destacou que o programa busca alinhamento com iniciativa de desenvolvimento de design houses que vem sido executada pelo Governo.
Nuvem e Internet das Coisas
Desde o início da semana, a Intel apresentou diversas tecnologias que impulsionarão a inovação e os negócios nos próximos anos. Além da iniciativa com programas de design houses, hoje foram anunciados inúmeros projetos com foco na melhoria do poder computacional por meio de seus processadores, tecnologias baseadas em câmeras 3D e, sobretudo, projetos em Internet das Coisas

O VP e diretor-geral para a América Latina, CJ Bruno, lembrou que até 2020 teremos 150 bilhões de dispositivos conectados no mundo que, por sua vez, vão gerar 25 zetabites de dados. Considerando que atualmente 85% dos dispositivos ainda não estão conectados entre si, o tamanho do potencial em Internet das Coisas a ser explorado pela frente é imenso. 

Para gerenciar essas informações, a Intel vem apostando no desenvolvimento de infraestrutura definida por software para uma melhor orquestração de processos em data centers. “Em breve vamos acessar Internet das Coisas pela nuvem”, afirmou o executivo. Uma tendência de virtualização que, segundo ele, ainda vai levar um tempo. No Brasil, a companhia já entrega infraestrutura definida por software por meio de parceria com a Telefônica.
Para impulsionar o desenvolvimento local em Internet das Coisas, a Intel foca seus esforços no Brasil especialmente em três setores considerados estratégicos: educação, energia e transporte. O executivo elencou diversas iniciativas feitas, como parte do plano de investimento para o País, como a instalação de um centro de inovação destinado a IoT no Rio de Janeiro, resultado de uma parceria com o Governo do Rio, além da realização de simulação e desenvolvimento de software de visualização para exploração do Pré-sal em colaboração com Petrobras.
Em transporte, o foco da companhia no País está concentrado no desenvolvimento de placas eletrônicas, soluções M2M e segurança e tecnologias de transporte para permitir maior eficiência na gestão do trafego. Por fim, a criação a criação do seu primeiro Intel Parallel Computing Center (IPCC), em parceria com a Coppe/UFRJ, além de outros investimentos em pesquisa e incentivos ao desenvolvimento de software para computação de alta performance fazem parte do plano de desenvolvimento de projetos de IoT no setor de educação.

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