Inovação: da brincadeira aos negócios

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1:51 pm - 23 de outubro de 2017
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Projetos de longa duração, grandes implementações de infraestruturas de TI, reuniões e mais reuniões no escritório. Esses são itens que você jamais encontrará na Garagem, laboratório de inovação instalado na sede da Accenture em São Paulo (SP), espaço onde a companhia, em parceria com a Avanade – joint venture entre Accenture e Microsoft -, está dedicando enormes esforços para desenvolver novas soluções.

A ideia é dar liberdade para a imaginação e transformar a rotina em uma verdadeira “brincadeira de negócios”. No local, especialistas das companhias buscam desenvolver os chamados MVPs (Minimum Viable Product – Produto Mínimo Viável) em no máximo um mês. O foco é que cada invenção inspire clientes a utilizarem técnicas semelhantes aplicadas a seus negócios.

“Não queremos vender o hardware, mas sim a experiência. A discussão principal são os conceitos e como podemos mostrar na prática aos clientes como funcionam todas as buzz words que eles ouvem por aí”, define Marcelo Serigo, diretor de inovação da Avanade.

A bola da vez é um bartender digital, criado pelas empresas para ser apresentado em um evento de negócios, onde diversos potenciais clientes estiveram presente. O conceito é simples, mas recheado de tecnologias: o consumidor utiliza uma pulseira digital para comprar sua bebida, por meio de seu smartphone. Ao chegar ao dispositivo, o usuário apenas aproxima a pulseira na máquina, que servirá automaticamente o drink selecionado.

Roberto Frossard, diretor de inovação da Accenture, conta que todas as ideias começam com técnicas de design thinking, em que participam profissionais de tecnologia e de marketing. Segundo o executivo, 81 MVPs já foram criados nos 13 primeiros meses de atuação, ou seja, média de mais de um por semana.

Na prática

O grande objetivo é que a brincadeira, claro, vire coisa séria e se transforme em negócios. E isso tem acontecido. Frossard cita o caso de uma empresa de tintas, que reuniu 12 pessoas no espaço para revisar toda a experiência de compra de seus clientes. A empresa testou um robô que visualiza o local onde a tinta será aplicada e indica o estilo da decoração, por meio de técnicas de deep learning.

Outro foco é promover a integração entre diferentes indústrias. Uma iniciativa em andamento é uma solução conjunta entre duas grandes empresas – uma do setor automotivo e outra da área financeira.

AI em foco

As buzz words citadas por Serigo, claro, incluem a inteligência artificial (AI), mercado em franca ascensão. A técnica tem sido o principal foco da Avanade, que inclusive, definiu sua visão de tecnologia para os próximos anos como “AI first”, apostando neste potencial. Além de ver na prática o interesse de diversos clientes com experiências no centro de inovação em conjunto com a Accenture, a companhia buscou dados de mercado para embasar sua estratégia.

O estudo “Modernização de TI: do crítico à transformação digital” com executivos C-Level no Brasil, realizado pela Vanson Bourne, encomendado pela Avanade e divulgado em maio 2017, aponta que 100% dos entrevistados concordam que a automação de processos é uma tecnologia chave para atender aos novos requisitos do negócio digital. Destes, 63% são categóricos em concordar com a nova realidade. Ao mesmo tempo, a maioria das organizações entrevistadas espera implantar a automação de processos nos próximos três anos.

Outro dado demonstra a presença iminente da inteligência artificial: a automação de processos utilizando robôs (63%), a automação inteligente (61%) e a automação cognitiva (59%) são as tecnologias de maior demanda por parte das empresas. Já o aumento da produtividade (85%) e a redução de custos (62%) são os dois principais fatores que influenciam as organizações a implementarem a automação dos processos.

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