Indústria da saúde é desafiada por ritmo acelerado de inovações

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3:19 pm - 02 de outubro de 2014
Indústria da saúde é desafiada por ritmo acelerado de inovações

Tecnólogos e profissionais de saúde têm mais trabalho pela frente para transformar a visão de um setor eficiente, engajado em paciente e orientado ao consumidor. 

“No futuro, sistemas irão suportar médicos e pacientes conforme trabalham juntos pelo bem-estar”, disse Joe Frassica, diretor de informática médica, CTO e vice-presidente da Philips Patient Care e Soluções de Monitoramento da Philips Healthcare. “Esses sistemas irão oferecer insights cada vez mais personalizados e em tempo real, conselhos para médicos e pacientes e se tornarão parceiros confiáveis nos cuidados dos pacientes”. 
Organizações de serviços de saúde não podem se dar ao luxo de esperar, dizem executivos.
Retardatários irão sofrer, incapazes de acompanhar o ritmo cada vez mais acelerado da inovação.
“Veremos as mudanças mais significativas na saúde nos próximos cinco anos, que serão maiores do que qualquer inovação vista nos últimos 50 anos”, disse Todd Pierce, vice-presidente sênior de saúde e ciências biológicas da Salesforce.com, em entrevista à InformationWeek EUA. 
A seguir, elencamos algumas áreas em que a TI de saúde deve passar por incríveis avanços nos próximos anos.

1. Aplicativos móveis de saúde

Embora o iWatch, da Apple, que deve ser lançado em 2015, detenha o centro das atenções, especialistas esperam que uma enorme quantidade de outros dispositivos IoT (Internet das Coisas) atraiam o interesse de pacientes, médicos e seguradoras. 

Aplicativos podem simplificar a forma como pacientes, clientes e médicos monitoram dietas, sono e exercícios, como parte de uma iniciativa para promover bem-estar em vez de responder às doenças. “Consumidores desempenharão um papel importante na compreensão e gerenciamento da própria saúde com a ajuda de aplicativos, que serão cada vez mais fáceis de usar”, defende Markus Fromherz, diretor de inovação de saúde na Xerox. “O segredo está na personalização baseada na observação em tempo real do comportamento, não apenas análises tradicionais de saúde populacional”.

2. Dados

Organizações de saúde enfrentarão uma forte pressão para conceder aos médicos acesso a ferramentas analíticas e big data, enquanto devem garantir a segurança dos dados de pacientes.


Permissões do governo e da indústria poderiam regulamentar estritamente quais informações de saúde e gerais do paciente são consolidadas e como isso é feito, à medida que defensores da privacidade estão cada vez mais exigentes em relação às indistintas delimitações de privacidade. 
3. Segurança

Em vez de focar essencialmente em compliance, o foco da segurança irá mudar para gerenciamento de risco, conforme a infraestrutura de segurança das organizações de saúde – tecnológica, pessoal e geracional – amadurece.

4. Administração

Fornecedores irão liberar CIOs em operações internas, buscando novos ganhos com produtividade e gastos via IoT, nuvem, automação e outras ferramentas tecnológicas. O objetivo será a padronização, disse Brent Lang, presidente e CEO da Vocera. “Devemos mudar para um modelo de resultados repetíveis, previsíveis e confiáveis”.

5. Telessaúde

Espere que muitas das amarras burocráticas desapareçam conforme todo o ecossistema de saúde – consumidores, investidores e fornecedores – reconheçam os diversos benefícios entregues pela telessaúde. O acesso bem distribuído a celulares de baixo custo e conexões de Internet de alta velocidade oferecem aos pacientes uma forma de se conectar com especialistas e permite que hospitais economizem dinheiro e melhorem os resultados dos pacientes, gerando o desenvolvimento mais rápido dos programas governamentais. 

6. Tratamento

Tecnologias como impressoras 3D, análises, inteligência artificial e aprendizado máquina-a-máquina impulsionarão avanços na medicina, dizem os executivos. “Imagine o dia em que surtos de doenças poderão ser controlados antes de terem a chance de se espalhar; quando ferramentas de TI estarão disponíveis para assistir médicos na tomada de decisões críticas para salvar vidas; quando serviços de saúde se tornarão verdadeiramente pessoais e preditivos, ao utilizar o poder do genoma da pessoa”, disse Erik Giesa, vice-presidente sênior de marketing e desenvolvimento de negócios na ExtraHop Networks. “A TI irá desempenhar um papel essencial em todos esses avanços, e eu estou muito ansioso e empolgado para ver esse desenvolvimento”.

7. Interoperabilidade

Hoje, as conversas sobre interoperabilidade estão focadas nos registros eletrônicos de saúde. Conversas futuras irão expandir o escopo para incorporar os diversos aplicativos e dispositivos usados por diferentes sistemas de saúde, para garantir que eles possam capturar e compartilhar todos dos dados do paciente, não importando onde o paciente é tratado. 

“Eu vejo interoperabilidade entre todas as tecnologias como prioridade para 2015”, acredita Terry Edwards, fundador, presidente e CEO da PerfectServe. “Não é o tipo de coisa que acontece num estalar de dedos, mas prevejo mais e mais organizações de saúde e fornecedores rumando para interoperabilidade de soluções e dados, ajudando a mover o setor em direção a modelos mais eficientes de gerenciamento de cuidados de pacientes por toda a população”.

8. Valores, não taxas

Em sua contínua mudança para pagamento baseado em valor, fornecedores devem adicionar tecnologias que capacitam a saúde populacional e o engajamento de pacientes, e atendem as obrigações governamentais em evolução, como aumento no nível de Uso Significativo, ICD-10 e HIPAA. Eles podem, por exemplo, investir em ferramentas que reduzem tempo de espera, automatizam check-in, melhorem a comunicação e analisem população de alto risco. “Para gerenciar o ciclo de renda, fornecedores de serviços de saúde precisarão gerenciar resultados de paciente, qualidade clínica e custo/utilização – e devem gerenciar tudo isso junto”, argumentou Doug Fielding, vice-presidente de estratégia de produto da ZirMed, em entrevista à InformationWeek EUA. “O cuidado baseado em valor será a nova realidade. A transição será mais lenta do que algumas pessoas gostariam ou do que alguns experts preveem”. 

 
9. Departamento de TI

A TI deverá, possivelmente, fechar parceria com especialistas como fornecedores de serviços de nuvem ou formas de compliance com HIPAA, permitindo que a equipe interna foque em maneiras de integrar tecnologias a cada fluxo de trabalho e departamento, ou em formas de monetizar certos serviços, como desenvolvimento de aplicativos ou imagens. Este ambiente “está fazendo com que profissionais de TI em saúde aprendam mais sobre o lado clínico das operações, em vez de apenas fornecer o que eu chamo de serviços tecnológicos crus”, avalia Bob Zemke, diretor de soluções de saúde da Extreme Networks. 

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