Indústria da saúde é desafiada por ritmo acelerado de inovações
Tecnólogos e profissionais de saúde têm mais trabalho pela frente para transformar a visão de um setor eficiente, engajado em paciente e orientado ao consumidor.
Retardatários irão sofrer, incapazes de acompanhar o ritmo cada vez mais acelerado da inovação.
“Veremos as mudanças mais significativas na saúde nos próximos cinco anos, que serão maiores do que qualquer inovação vista nos últimos 50 anos”, disse Todd Pierce, vice-presidente sênior de saúde e ciências biológicas da Salesforce.com, em entrevista à InformationWeek EUA.
1. Aplicativos móveis de saúde
Embora o iWatch, da Apple, que deve ser lançado em 2015, detenha o centro das atenções, especialistas esperam que uma enorme quantidade de outros dispositivos IoT (Internet das Coisas) atraiam o interesse de pacientes, médicos e seguradoras.
2. Dados
Organizações de saúde enfrentarão uma forte pressão para conceder aos médicos acesso a ferramentas analíticas e big data, enquanto devem garantir a segurança dos dados de pacientes.
Em vez de focar essencialmente em compliance, o foco da segurança irá mudar para gerenciamento de risco, conforme a infraestrutura de segurança das organizações de saúde – tecnológica, pessoal e geracional – amadurece.
4. Administração
Fornecedores irão liberar CIOs em operações internas, buscando novos ganhos com produtividade e gastos via IoT, nuvem, automação e outras ferramentas tecnológicas. O objetivo será a padronização, disse Brent Lang, presidente e CEO da Vocera. “Devemos mudar para um modelo de resultados repetíveis, previsíveis e confiáveis”.
5. Telessaúde
Espere que muitas das amarras burocráticas desapareçam conforme todo o ecossistema de saúde – consumidores, investidores e fornecedores – reconheçam os diversos benefícios entregues pela telessaúde. O acesso bem distribuído a celulares de baixo custo e conexões de Internet de alta velocidade oferecem aos pacientes uma forma de se conectar com especialistas e permite que hospitais economizem dinheiro e melhorem os resultados dos pacientes, gerando o desenvolvimento mais rápido dos programas governamentais.
Tecnologias como impressoras 3D, análises, inteligência artificial e aprendizado máquina-a-máquina impulsionarão avanços na medicina, dizem os executivos. “Imagine o dia em que surtos de doenças poderão ser controlados antes de terem a chance de se espalhar; quando ferramentas de TI estarão disponíveis para assistir médicos na tomada de decisões críticas para salvar vidas; quando serviços de saúde se tornarão verdadeiramente pessoais e preditivos, ao utilizar o poder do genoma da pessoa”, disse Erik Giesa, vice-presidente sênior de marketing e desenvolvimento de negócios na ExtraHop Networks. “A TI irá desempenhar um papel essencial em todos esses avanços, e eu estou muito ansioso e empolgado para ver esse desenvolvimento”.
7. Interoperabilidade
Hoje, as conversas sobre interoperabilidade estão focadas nos registros eletrônicos de saúde. Conversas futuras irão expandir o escopo para incorporar os diversos aplicativos e dispositivos usados por diferentes sistemas de saúde, para garantir que eles possam capturar e compartilhar todos dos dados do paciente, não importando onde o paciente é tratado.
8. Valores, não taxas
Em sua contínua mudança para pagamento baseado em valor, fornecedores devem adicionar tecnologias que capacitam a saúde populacional e o engajamento de pacientes, e atendem as obrigações governamentais em evolução, como aumento no nível de Uso Significativo, ICD-10 e HIPAA. Eles podem, por exemplo, investir em ferramentas que reduzem tempo de espera, automatizam check-in, melhorem a comunicação e analisem população de alto risco. “Para gerenciar o ciclo de renda, fornecedores de serviços de saúde precisarão gerenciar resultados de paciente, qualidade clínica e custo/utilização – e devem gerenciar tudo isso junto”, argumentou Doug Fielding, vice-presidente de estratégia de produto da ZirMed, em entrevista à InformationWeek EUA. “O cuidado baseado em valor será a nova realidade. A transição será mais lenta do que algumas pessoas gostariam ou do que alguns experts preveem”.
9. Departamento de TI
A TI deverá, possivelmente, fechar parceria com especialistas como fornecedores de serviços de nuvem ou formas de compliance com HIPAA, permitindo que a equipe interna foque em maneiras de integrar tecnologias a cada fluxo de trabalho e departamento, ou em formas de monetizar certos serviços, como desenvolvimento de aplicativos ou imagens. Este ambiente “está fazendo com que profissionais de TI em saúde aprendam mais sobre o lado clínico das operações, em vez de apenas fornecer o que eu chamo de serviços tecnológicos crus”, avalia Bob Zemke, diretor de soluções de saúde da Extreme Networks.