Empresa do setor sucroenergético que produz bioenergia, etanol e açúcar, a UISA tem apostado forte na digitalização. Fundada em 1980 e dona de uma das três maiores usinas do mundo e com cerca de 90 mil hectares de terras próprias, há quase dois anos a companhia passou a reforçar o digital em busca de inovação não só para seus negócios, como para o ecossistema em que atua.
Nessa trilha, muitas transformações foram realizadas. Mais recentemente, a área de Tecnologia da Informação identificou que poderia criar uma aceleradora e incubadora para conectar o ecossistema de startups aos seus negócios e fomentar inovações de forma mais rápida.
Foi com esse mote que surgiu a T4Agro, um projeto que teve sua semente plantada internamente e extrapolou as fronteiras da companhia, em prol do desenvolvimento de todo o mercado com base em inovação.
“A T4Agro tem sua estrutura fora da empresa porque inovação é um problema crônico do mercado. Queremos acelerar todo o ecossistema e desenvolvê-lo de forma consistente”, comenta Rodrigo Gonçalves, gerente-executivo de tecnologia da informação da UISA (foto abaixo).
Segundo ele, a ideia da T4Agro nasceu logo depois de um hackathon e de uma provocação do CEO da UISA. “Nosso CEO tinha o desejo de levar as inovações para todo mundo. A ideia foi ganhando tamanha proporção, que entendemos que ela poderia caminhar sozinha. Ao melhorarmos o agronegócio nacional, vamos aprimorar o PIB todo. É algo para todo o mercado.”
A proposta da T4Agro, portanto, é fazer a conexão de diferentes players do ecossistema para gerar valor, não só com mentoria, mas para criar ideias que impactem no ecossistema agro.
A T4Agro nasce de um ecossistema de diversas empresas. A UISA, o CVCIB, a Alternative Assets Venture Capital, a Private Equity e a Hyperspace, idealizadores da incubadora, que prestarão apoio na captação de investimento e relacionamento com investidores, o Spinelli Advogados, especializado nas áreas de societário e fusões e aquisições, e a Investment One Partners, assessoria financeira, que conta soluções financeiras, que ajudará a atrair e buscar possíveis investidores, bem como a Vert Securitizadora e a Duagro.
Julio Mila, que atuava com diretor da área de Business Transformation da Quintess (antiga Resource IT Solutions), comandará os negócios da T4Agro. “Olhar inovação de forma 360 e focada no negócio é desafiador. Trouxe, contudo, minhas competências de inovação e é esse meu papel aqui”, contou.
Os executivos revelaram que a T4Agro já está analisando oito startups para acelerar e conta ainda com uma lista de 30, que chegaram por meio do Sistema S, que tem sido parceiro da iniciativa. “Não pensamos em limitar o valor para a aceleração, mas pensar na viabilidade do negócio em si, focando em mentoria e investimento”, contou Mila.
A T4Agro também surge com um produto fruto do trabalho realizado na UISA. Trata-se do aplicativo FacePoint. Com o desafio de aprimorar o relacionamento com os seus colaboradores e garantir a assertividade no registro do ponto de trabalho em campo, a companhia criou um aplicativo baseado na nuvem da Microsoft e com Inteligência Artificial (IA) que reconhece o colaborador por meio do celular por meio de geolocalização e reconhecimento facial.
O app foi desenvolvido pelo time de tecnologia da UISA em menos de três meses e, ainda na fase de testes com uma equipe reduzida de 50 pessoas, atingiu a acurácia de 97% na identificação dos funcionários. Atualmente, a solução é usada por mais de 3 mil colaboradores do campo que registram os seus horários de entrada, almoço e saída a partir de fotos tiradas em cada um desses momentos, sem precisar se locomover até um determinado ponto para fazer o registro em relógios tradicionais.
Os executivos revelaram que a tecnologia já está também em prova de conceito em outras duas empresas, mostrando seu claro potencial de crescimento para todo o mercado.
Para acelerar o desenvolvimento de produtos digitais, a T4Agro contará com a Hyperspace, que atua na área, balanceando tecnologia e negócios, com ampla experiência em desenvolvimento de aplicações, design e metodologias ágeis.
“Eles serão o pilar de tecnologia, design, descoberta de produto e criação de MVP. São muito fortes em ideação, prototipação de produtos e entrega de MVP funcionando. Por exemplo, se eu identificar uma startup em estágio inicial, ainda em validação da ideia, que precisa de apoio para transformar essa ideia em um MVP para testarmos no mercado, a Hyperspace fará essa ponte”, finalizou Mila.
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