INB adota rotinas de comunicação entre sistema e equipamentos fabris
Um controle mecanizado e automatizado do processo produtivo era o objetivo da Indústrias Nucleares do Brasil (INB) ao integrar o Sistema de Controle de Produção e Inspeção de Vareta Combustível com equipamentos fabris. Para isso, a companhia precisava que os dados fossem captados diretamente dos equipamentos, sem interferência humana no processo. Tal controle permitiria uma comunicação integrada e a previsão do próximo passo na produção.
O projeto iniciou com mapeamento da entrada de dados e análise da disponibilidade de comunicação com o maquinário. Depois, a companhia definiu o protocolo de comunicação. Por envolver duas equipes, em países diferentes, que não poderiam ter acesso constante aos dados umas das outras, optou-se pela comunicação via web services. “Esse protocolo permite que seja definido um contrato de troca de informações que independe da maneira como será implantada a regra de negócios”, explica o gerente de TI da INB, Valmir Fernando.
Apenas na compra dos novos equipamentos a empresa investiu R$ 12 milhões. O projeto foi desenvolvido pela equipe da INB, em conjunto com o fornecedor que também contribuiu para as etapas de montagem e homologação. Para Fernando, a integração permitiu obter as informações do sistema de controle e qualidade antes mesmo do início do processo produtivo.
“A entrada dos dados de produção e resultados do processo eram digitados nos sistemas de controle durante a produção, exigindo que os operadores controlassem o processo e ainda registrassem as etapas manualmente.” Pelo processo digital, a rotina de alimentação nas máquinas mostra o estado atual de cada peça; os dados são acumulados e os resultados enviado ao sistema.
Fernando pontua como fator de sucesso a colaboração entre as equipes de desenvolvimento e os setores produtivos, por outro lado, o treinamento dos envolvidos é tido como um grande desafio. Entre os resultados, ele ressalta o ganho de produção, que saiu de 100 para 300 peças em uma hora.