Apesar da crescente adoção de redes sociais e aplicativos na internet, a faixa etária acima dos 60 anos se queixa de ter dificuldades ao usar as ferramentas tecnológicas e há aqueles que desconfiam da segurança das mesmas. Essas conclusões vêm do estudo “A inclusão digital os Idosos”, realizada pela Federação Nacional dos Bancos (Febraban) e pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
Segundo o relatório, a pandemia acelerou o uso de ferramentais digitais entre os idosos que se familiarizaram com plataformas de streaming, de videochamadas, além de utilizar serviços bancários digitais, entre outras atividades. Entretanto, quando questionados sobre o principal sentimento quando têm que lidar com a internet, as redes sociais e ferramentais digitais, os brasileiros acima de 60 anos citam medo e insegurança.
A pesquisa realizada entre os dias 31 de agosto a 6 de setembro ouviu 3 mil pessoas nas cinco regiões do País. O levantamento investiga o assunto não apenas do ponto de vista do acesso desse público às novas ferramentas, mas também busca entender a distância entre os mais velhos e os mais jovens e as oportunidades para o desenvolvimento de competências digitais.
“Historicamente menos propenso a adotar essas novas tecnologias que os nativos da era digital, o público acima dos 60 anos, durante o período de isolamento social, viu na internet uma saída para se manter conectado com familiares e amigos, informar-se, ter atendimento médico, pagar contas, pesquisar sobre preços e produtos, consumir”, avalia o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe.
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Segundo o relatório, os respondentes com 60 anos ou mais indicaram que o uso mais frequente da internet é para acessar redes sociais, resposta dada por 85% deles. Já 75% afirmaram usá-la para recorrer a serviços bancários digitais e 75% afirmaram assistir vídeos via streaming pela internet.
Apenas um terço (34%) dos mais velhos declaram fazer frequentemente ou algumas vezes consultas online. Quanto a acessar serviços de saúde através de aplicativos do plano, esse número é de 48%.
Quanto às principais dificuldades encontradas pelos idosos ao usarem a internet e tecnologias digitais, 32% apontaram a falta de familiaridade com as ferramentas e a linguagem online como a principal; já 19% se queixaram ter dificuldade de ligar, conectar e usar os aparelhos; 17% relataram ter problemas com bloqueio ou perda de senhas; 15% com o bloqueio de equipamentos por engano e 7% se queixaram do envio de mensagens por engano.
Em relação a preocupações com a segurança das informações, 48% dos brasileiros entrevistados afirmaram que a vulnerabilidade a fraudes e golpes na internet independe de idade. Entre os idosos, o percentual a opinião de que fraudes e golpes na internet atingem tanto os mais jovens quanto os mais velhos é de 51%.
Por outro lado, parcela expressiva de 40% considera que são os idosos os mais vulneráveis a golpes e fraudes no ambiente online. Entre os idosos e os que moram com pessoas idosas, os percentuais são 45% e 41%, respectivamente.
Na análise do estudo, os resultados sinalizam a importância de políticas públicas de inclusão, a necessidade da maior participação das famílias e, ainda, a questão da segurança. A percepção de insegurança na web se apresenta como uma barreira importante à inclusão digital.
Há uma ampla percepção de que os golpes e as fraudes contra idosos na internet aumentaram ou aumentaram muito nos últimos dois anos. A existência de iniciativas e políticas públicas voltadas à inclusão digital dos mais velhos é amplamente reconhecida como muito importante ou importante pelo público em geral (85%) e por esse segmento etário.
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