IDC: mercado de impressão fecha 2020 em queda
Foram 2,2 milhões de equipamentos vendidos, 6,8% menos que em 2019. Crise gerada pelo coronavírus deve ser superada em 2021, diz o IDC

Apesar de 2020 ter começado bem para o mercado brasileiro de impressão, com vendas de quase 660 mil equipamentos no primeiro trimestre, a pandemia fez as vendas baixarem no acumulado do ano. Foram 2,2 milhões de impressoras vendidas, queda de 6,8% em relação a 2019. Os dados são da IDC Brasil.
Ao menos houve reação no fim do
ano, com oportunidades abertas no segmento de impressoras domésticas, ideias
para uso em home office. Exatamente metade (1,1 milhão) dos equipamentos
vendidos foi de modelos com tanque de tinta, 743 mil com cartucho, 376 mil a
laser e 4,5 mil matriciais.
“A crise afetou diretamente a
dinâmica do mercado de impressão, por um lado trazendo impactos severos nas
vendas de impressoras a laser voltadas ao público corporativo, e, por outro,
oferecendo algumas oportunidades para impressoras à tinta e laser para o
consumidor final em busca um equipamento de apoio para o home office e para aulas
remotas”, diz em comunicado Rodrigo Okayama Pereira, analista de mercado
da IDC Brasil.
Mudanças de paradigma
Impressoras a laser de entrada e
as tanque de tinta mantiveram a tendência esperada pelo IDC de ganhar espaço nas
residências e pequenos escritórios e empreendedores. O varejo começou o ano com
76,7% das vendas de impressoras, saltou para 77% entre abril e junho, no
terceiro trimestre chegou a responder por 74,9% e fechou o ano com 65,1% de
todas as vendas.
No mercado corporativo, o setor
respondeu por 23,3% das vendas no primeiro semestre, caiu para 23% no segundo, 25%
no terceiro e teve leve reação no quarto trimestre, com 34,9% das vendas.
Em 2020, a receita do mercado de
impressão foi de US$ 560,2 milhões, 16,6% menor do que em 2019. Segundo o IDC,
a queda foi puxada pelo dólar alto e instável e os impactos diretos e indiretos
da crise do coronavírus no país.