IA acelera competitividade e abre portas no mercado brasileiro de TI

A Inteligência Artificial será a grande pauta dos próximos avanços do mercado de TI

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11:00 am - 20 de junho de 2024
Imagem: Shutterstock

O brasileiro se destaca pela criatividade e a avidez na busca por novas soluções, fazendo com que o país avance em inovações e transformações digitais em diversos segmentos. Com isso, o Brasil situa-se como terreno fértil para empresas de TI, que buscam capitalizar as oportunidades oferecidas por um mercado em constante evolução.

Com uma fatia de 37,2%, o Brasil é o maior mercado da América Latina em investimentos em tecnologia, segundo a “Prévia do Estudo Mercado Brasileiro de Software 2024”, da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software). Foram US$ 49,8 milhões apenas em 2023, o que deixa o país na 10ª colocação mundial, com uma participação de 1,58%.

O mercado de Tecnologia da Informação (TI) é altamente dinâmico, desempenhando um papel crucial tanto em tempos de crise quanto de estabilidade econômica. Em crises, auxilia na otimização e eficiência das empresas; em períodos estáveis, impulsiona sua expansão e inovação. Esse crescimento contínuo será alimentado pela adoção de tendências emergentes, como computação em nuvem, inteligência artificial e segurança cibernética.

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Podemos dizer que a Inteligência Artificial será a grande pauta dos próximos avanços desse segmento. Vivemos um momento de grande ansiedade, pois a IA parece nos abrir infinitas portas. Quando se caminha por uma trilha onde não se sabe onde ela vai dar, é mais difícil prospectar o futuro. Por isso, torna-se essencial atualmente, ainda que difícil, tangibilizar até onde vão as oportunidades e o grau de competitividade na comparação com concorrentes.

E não basta apenas encontrar a porta certa. Além de tracionar no caminho ideal, o intervalo de tempo para que determinada inovação obtenha sucesso é cada vez menor.

Um levantamento do site Statista mostra bem essa situação: comparou quanto tempo uma plataforma demorou para chegar a 1 milhão de usuários. A Netflix, lançada em 1999, levou 3,5 anos. O AirBnB (2008), 2,5 anos. O Facebook (2004), 10 meses. O Spotify (2008), 5 meses. O Instagram (2010), 2,5 meses. E o ChatGPT (2022), apenas 5 dias.

Ou seja, se uma empresa souber utilizar plataformas modernas e corretas, é capaz, em um curto espaço, de desenvolver algo mais rápido e melhor que um concorrente – mesmo que este tenha tido a ideia original.

A IA intensificou ainda mais o ritmo que vivemos e praticamente acabou com o tempo que as companhias tinham para ‘surfar’, ou seja, de amadurecer, criar e ganhar mercado em cima de uma solução até o momento que fossem alcançadas por alguém. O cenário atual é de uma guerra onde não se pode mais ficar confortável com a chegada de um novo produto: é preciso voltar a olhar ao mercado quase imediatamente após seu lançamento.

Essa maior rapidez faz parte da transformação digital que vivemos hoje. Com um aumento da base de usuários, corroborado por iniciativas governamentais e investimentos do setor privado, a demanda por serviços digitais está sendo cada vez mais alimentada. As empresas, independentemente do tamanho, recebem este impacto diretamente e precisam acompanhar a tendência.

O momento de mudanças também passa pela chegada da geração dos millennials (nascidos entre 1980 e 1994) à gestão dos negócios. Na tecnologia, eles precisarão deixar as empresas cada vez mais horizontais, para conseguir sensibilizar a todos das transformações exigidas, especialmente no Brasil, que possui uma ampla gama de segmentos e serviços no mercado.

Logo, outra certeza é de que a popularização do uso da IA necessita ser feita para todos os setores de qualquer companhia, pois ela será a base para resolver diversos problemas. Uma seleção natural vai filtrar pessoas e companhias que estejam mais preparadas para trabalhar desta maneira. Mais do que apenas uma vantagem competitiva, isso será, muito em breve, uma necessidade para a sobrevivência no mercado.

A ascensão da IA é o principal motor por trás das próximas inovações no campo da tecnologia, desafiando empresas a navegarem por um território desconhecido e incerto, que ainda acelera a competição entre empresas, e cobra uma postura proativa e ágil na identificação e exploração de oportunidades. O mercado está – e deve continuar – em constante evolução, procurando a porta certa.

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Valter Lima

Valter Lima é diretor executivo e empresário, sócio da CTC. Graduado em administração de empresas e pós-graduado pela Fundação Dom Cabral, participou do Business Executive Program na Universidade de Stanford.

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